Frigoríficos e Receita duelam sobre impacto da carne na cesta básica
Os frigoríficos e a Receita Federal estão travando um duelo para tentar convencer os líderes partidários sobre o impacto da inclusão da carne na cesta básica para a alíquota final do novo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).
A entrada ou não das carnes na cesta básica se tornou o principal entrave para a aprovação do projeto de lei de regulamentação da reforma tributária e concentrou nesta terça-feira (9) as discussões em Brasília.
Tornou-se o tema central da reunião entre os líderes partidários, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara, Arthur Lira.
Pelas contas da Receita Federal, o impacto é de 0,53 ponto porcentual, o que levaria a alíquota do IBS de 26,5% para 27,03% - uma das mais altas do mundo. Já Associação Brasileira de Supermercados chega num número bem diferente: 0,2 ponto porcentual.
A confusão é tamanha que o grupo de trabalho encarregado da reforma tributária convidou um técnico da Receita Federal para explicar a metodologia do cálculo aos deputados.
Na saída da reunião, o deputado Reginaldo Lopes (PT) explicou aos jornalistas que a diferença de percentual pode ocorrer, porque a Receita Federal calcula não apenas o impacto no preço final, mas também os créditos gerados ao longo da cadeia, já que o sistema é não cumulativo.
Na reunião, Haddad defendeu o "cashback", que devolve recursos aos mais pobres ao invés de desonerar a carne. Vale lembrar que a desoneração zeraria os tributos para todos os consumidores, inclusive os mais ricos.
Já Lira argumentou que estava agindo contra seus próprios interesses, porque era pecuarista e próximo da bancada do agronegócio.
Segundo apurou a coluna, algumas lideranças saíram convencidas do cálculo da Receita Federal e dispostas a manter o texto como está, enquanto outras ainda tem dúvidas.
O setor de carnes tem atuado intensamente no Congresso para incluir o produto na cesta básica.
10 comentários
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.
Douglas Vieira Rodrigues
Se continuar nesse ritmo esse desgoverno com esse ministro formado em economia a distância, vai ser melhor parar de trabalhar e ficar de boa em casa, recebendo o bolsa família, vale gás, alguns reais cabeça de moleque, pé de meia, cashback.
Carlos Alberto Jordao Martins
Mais mamata para o OGRONEGOCIO, pois se isentar, terá que aumentar para outro.
José Rodrigues de Castro
Isso mesmo!! Taxa tudo!! Kkkkkk...faz aí o "L"'