Raquel Landim

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Promessa de Dino fez Mendonça votar por suspensão de emendas

Observadores políticos em Brasília estranharam quando o ministro André Mendonça, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhou o colega Flávio Dino, indicado por Luiz Inácio Lula da Silva, suspendendo o pagamento das emendas impositivas nesta sexta-feira (16).

Ainda mais diante do impasse que se formou entre o Executivo e o Legislativo em torno do tema.

No entanto, as ressalvas no voto de Mendonça dão pistas para entender os seus motivos e também indicam o que deve ocorrer na próxima semana.

Mendonça ressalta a importância da "transparência" e da "rastreabilidade" das emendas parlamentares - algo de que ninguém, pelo menos publicamente, discorda.

O ministro, no entanto, faz menção a uma promessa feita por Dino sobre a realização de "reuniões técnicas das partes interessadas, com o auxílio do núcleo de conciliação da presidência da Suprema Corte, para se encontrar uma solução com o máximo de consenso possível, que reverencie o princípio de harmonia entre os poderes".

E ele reforça em seu voto que é preciso fazer uma análise "célere, profunda e específica" do assunto, para não prejudicar "a boa governança" e a "continuidade das políticas públicas".

Ou seja, disseram à coluna fontes com conhecimento do assunto, Mendonça colocou parâmetros para o seu voto.

Ele apoiou a decisão de Dino para dar espaço a um acordo entre os poderes e para a retomada dos pagamentos das emendas o mais breve possível a fim de não atrapalhar a execução do Orçamento.

Pessoas que acompanham o tema dizem que a próxima semana será de muita negociação em Brasília.

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