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Raquel Landim

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Campanha de Nunes hesita em atacar contradições de Marçal sobre evangélicos

A campanha de Ricardo Nunes (MDB) está hesitando em atacar ou não as contradições de Pablo Marçal (PRTB) sobre os evangélicos. Há divisões entre os principais aliados. Alguns defendem tentar recuperar os votos evangélicos, enquanto outros têm receio de trazer a religião para a campanha.

Depois do 7 de Setembro, o pastor Silas Malafaia partiu para o ataque contra Marçal. "Esse cara não é digno dos votos da direita, dos evangélicos, nem do povo de São Paulo, porque mente, deturpa, engana para tirar proveito político", disse o pastor em um vídeo.

O prefeito Ricardo Nunes (MBD) mencionou o tema, mas de forma muito sucinta em um "quebra-queixo", dizendo que Marçal não respeita ninguém, nem o "rei Salomão".

"O Salomão escreveu três livros, eu escrevi 45. Eu tenho só uma mulher, Salomão tinha mil e não encontrou a mulher da vida dele. Salomão não tem 2,4 bilhões de marcações no Tik Tok. (..,) Ele não estava na lista da Forbes, não", ironizou Marçal num vídeo antigo.

Marçal tem uma série de vídeos antigos e polêmicos sobre os evangélicos. Nas peças, ele diz que é contra o pagamento de dízimo.

"Eu tinha uma crença terrível que dizia 'se eu não der o dízimo, eu não prospero'. Hummmm... Eu não queria mexer com isso aqui, mas vou falar. Cheguei no Criador e falei pra ele: 'eu quero perder tudo se eu tiver errado nisso aqui. Eu não vou dar o dízimo mais'", afirma o candidato em outro vídeo.

Em sabatina UOL/Folha, quando questionado sobre o assunto, voltou atrás e disse que era a favor do pagamento dos fiéis para as igrejas.

Segundo apurou a coluna com lideranças evangélicas, o candidato do PRTB não tem apoio entre as principais igrejas em São Paulo, nem a simpatia dos pastores, que estão fechados com Nunes e com Jair Bolsonaro.

Mas conquistou a simpatia dos pastores na base e dos eleitores. Depois da fala de Malafaia, algumas lideranças receberam ligações de pastores pedindo para não atacar Marçal, porque ele seria "o candidato que defende os nossos valores".

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Segundo o último Datafolha, Marçal e Nunes empatam entre os evangélicos com, respectivamente, 29% e 27% das intenções de voto. A margem de erro, no entanto, é expressiva: seis pontos percentuais.

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