Boulos vai buscar emissários para obter apoio de Tabata no segundo turno
A equipe do candidato Guilherme Boulos (PSOL) já traçou uma estratégia para convencer Tabata Amaral (PSB) a apoiá-lo no segundo turno.
Diante da resistência da candidata, Boulos e seus aliados pretendem procurar o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), e também o prefeito do Recife, João Campos (PSB), que é namorado de Tabata.
A ideia é que eles consigam persuadi-la de que não faz sentido ficar neutra na segunda etapa da eleição, principalmente se o adversário for Pablo Marçal (PRTB).
Um dos argumentos vai ser recordar a trajetória de Simone Tebet (MDB), que teria saído "maior" da eleição presidencial depois de apoiar Lula numa frente democrática, tornando-se ministra do Planejamento.
No entanto, essa aproximação não deve começar agora, apesar de Tabata estar em quarto lugar nas pesquisas. Entre os aliados de Boulos, a percepção é que a campanha da deputada contra Marçal ajuda a desgastar o ex-coach e que seu pequeno crescimento nas pesquisas cria uma "reserva" de votos de esquerda para o segundo turno.
Também existe o receio de que uma pressão prematura irrite a candidata. Tabata se recusa a falar sobre o assunto na campanha, rechaçando a hipótese de perder tração na fase final da campanha para o voto útil.
A candidata vai seguir atacando Marçal, mas também apresentando propostas. Nesta semana, ela iniciou a estratégia de "propostas relâmpago" —vídeos curtos apresentando suas ideias para a cidade.
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