Funcionários do X foram demitidos por live e email
Os funcionários do X, antigo Twitter no Brasil, foram demitidos por uma live e por um email.
Conforme apurou a coluna, a rede realizou uma live neste sábado (17) pela manhã e, logo em seguida, enviou um email comunicando o desligamento de todos que tinham contrato com a filial brasileira.
O movimento abrupto gerou muitas reclamações internas, trocas de textos pelo WhatsApp entre os colaboradores, e uma nova reunião com um chefe nos Estados Unidos foi marcada para esta segunda-feira (19).
O Brasil é um mercado importante para a rede de Elon Musk e havia um time de publicitários contratado para desenvolver produtos voltados para brasileiros.
Um exemplo é a preferência dos brasileiros por vídeos e um projeto que estava sendo montado pelo X para ajudar as marcas a utilizarem a plataforma melhor nessa área.
O Brasil é um dos países com mais usuários na rede social — cerca de 22 milhões. Está atrás apenas de mercados como os Estados Unidos, o Japão, a Índia, a Inglaterra e a Indonésia, conforme o Statista.
A insegurança é geral não só entre o time de colaboradores mas também entre os clientes. Muitas marcas tem produtos e canais voltados especificamente para o X.
A plataforma é a segunda preferida pelos brasileiros para assistir eventos ao vivo, porque permite interação. As marcas, portanto, utilizam o X para se comunicar com os clientes nesses momentos.
O receio do meio publicitário é que as marcas brasileiras não recebam do time americano do X a mesma atenção que tinham aqui no Brasil, o que prejudique o resultado.
Ao comunicar o encerramento de suas atividades no país, o X culpou o ministro Alexandre de Moraes. Segundo a plataforma, Moraes teria ameaçado seu representante legal de prisão caso não cumprisse suas ordens.
Sem uma sede no Brasil, fica mais difícil para a Justiça brasileira notificar o X ou penalizar seus responsáveis. A estratégia é a mesma utilizada pelo Telegram.
No entanto, o Telegram tem uma importância muito menor para o mercado publicitário brasileiro que o X. E o Brasil é menos relevante no faturamento do Telegram do que no caso do X.
214 comentários
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Felipe Maciel Moreira
Talvez no fim das contas o normal será bloquear Redes Sociais como a China já faz. Europa não está distante disso. Seria bem mais fácil se eles cumprissem as Leis e parassem de pensar que são Dart Vaders. O mundo real é diferente de suas cabecinhas infantis de bilionários mimados.
Sergio J Reis
Bravateiro sem vergonha. A quem o reacionário quer convencer? O sujeito tem dinheiro mas não ter argumento jurídico? O Ministro Alexandre de Morais não é o Poder Judiciário. Então, se tem argumento jurídico, por que não apresenta. Deve ser porque não tem. Neste caso o Ministro esta corretíssimo! Todas as empresas que operam no Brasil, nacionais ou estrangeiras, por óbvio são obrigadas a seguir a legislação brasileira. Por que haveria de ser diferente com a empresa do reacionário? Mensagens falsas divulgadas por rede sociais causaram sérios distúrbios sociais no Reino Unido. Nos EUA o Departamento de Justiça americano, já enquadrou o Google. A União Europeia foi pelo mesmo caminho. Por que no Brasil seria diferente. Não foi o Judiciário que impediu a empresa de atuar no Brasil. Foi o moleque que levou a bola embora porque queria que ele estabelecesse a regra do jogo. Vai tarde, mané!!!
Joao Pedro Martins
Este mesmo procedimento vexatório contra funcionários já tinha ocorrido nos USA quando o muskito bi comprou a empresa. Nada de novo. A megalomania, voltada a defender seus interesses econômicos de aumento do faturamento da rede dele, com liberação geral e irrestrita de ódio, mentiras, falsidades, ilegalidades não é aceita pela legislação brasileira e deve ser respeitada por qualquer empresa, de qualquer porte. Os clientes do X , podem outras redes mais responsáveis ou manterem como está, implicitamente concordando com os métodos, gestão e falta de conformidade, de respeito a soberania dos países, desrespeito aos funcionários.