Campanhas comparam cadeirada do debate a briga de bar, e Marçal é o 'fujão'
Os estrategistas das campanhas estão comparando a cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) no debate da TV Cultura a uma briga de bar.
"Um provocou, o outro levantou, tacou uma cadeira e o valentão fugiu. Igual uma briga de bar", disse uma fonte à coluna. Nessa avaliação, o provocador e "fujão" é Marçal, enquanto aquele que reage é Datena.
Outro estrategista disse que, mesmo entre os eleitores homens, a narrativa de Marçal "pegou mal". A vitimização não convence, afirma, porque não é uma agressão comparável à facada sofrida por Jair Bolsonaro ou ao atentado à balada contra Donald Trump.
Conforme apurou a coluna, Marçal teve uma fissura fina em uma das costelas do lado direito e um dedo luxado. Até entre os "machões", a ideia de defesa do honra pregada por Datena, que alegou estar defendendo a memória da sogra, é mais convincente.
A avaliação preponderante, portanto, é que o candidato do PRTB errou na tentativa de tentar capitalizar o episódio indo até o hospital. Datena também não deve conseguir transformar a cadeirada em votos, mas sai um pouco mais fortalecido.
Entre as eleitoras, calculam os marqueteiros e estrategistas, o episódio deixa uma péssima impressão. A avaliação entre as mulheres é que os líderes das pesquisas não conseguem se controlar e ter a serenidade necessária para governar a cidade.
A candidata Tabata Amaral (PSB) deve tentar explorar esse ponto e virar o voto de mais eleitoras, em linha com o discurso que já vinha adotando. Mas é difícil. No último Datafolha, ela pontuou apenas 8% nas intenções de voto.
A avaliação nas campanhas é que, apesar do episódio e do aumento da rejeição, os candidatos devem seguir rebatendo as provocações, sem deixar de apresentar propostas.
Diante do clima que se instalou, Ricardo Nunes (MDB) ou Guilherme Boulos (PSOL) passariam a impressão de "culpa" ou de "falta de conhecimento" se não responderem às agressões, dizem as fontes.
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