Raquel Landim

Raquel Landim

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Opinião

Motta e Alcolumbre são fruto de Congresso poderoso e Executivo coadjuvante

Até onde a vista alcança, o primeiro foi Severino Cavalcanti.

Vinte anos atrás, o deputado do baixo clero vencia Luiz Eduardo Greenhalgh na maior derrota política do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

Era só o começo do empoderamento do Congresso Nacional e da transformação do Executivo em quase um coadjuvante não só na eleição para a presidência da Câmara e do Senado, mas em dar as cartas no país.

O Congresso foi acumulando nacos do orçamento através de emendas impositivas, secretas e os poderes dos seus presidentes se tornaram cada vez maiores indicando relatores, chefias de comissões e por aí vai.

Dilma Rousseff teve seu algoz em Eduardo Cunha, que patrocinou o seu impeachment. Jair Bolsonaro vivia às turras com Rodrigo Maia e só permaneceu na cadeira porque terceirizou seu governo para Arthur Lira.

Rodrigo Pacheco também deu as cartas no Senado, muito mais do que muita gente esperava.

A eleição fartamente antecipada de Hugo Motta para o comando da Câmara e de David Alcolumbre para o do Senado - sem qualquer disputa relevante - são apenas sintomas desse processo que já dura duas décadas.

Mas por que então ainda estamos prestando atenção nas eleições do Congresso se já está tudo resolvido?

Estamos atentos, porque o Executivo precisa da chamada "governabilidade". O governo Lula tem não só que aprovar suas pautas no Legislativo como impedir puxadas de tapete que fortaleçam a oposição.

Continua após a publicidade

Lira e Pacheco conduziram sua reeleição com maestria e estão fazendo seus sucessores.

Motta não era o favorito de Lira, mas o alagoano soube recuar e compor. Alcolumbre é tão influente quando Pacheco - os dois juntos então são parceiros formidáveis.

A oposição não está no seu melhor momento, com Jair Bolsonaro inelegível e praticamente condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas muitos nomes esperam sua hora.

E com a popularidade em seu nível mais baixo, Lula precisa de Lira, Pacheco, Motta, Alcolumbre e vários outros para governar e se reeleger em 2026.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

26 comentários

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.


Ricardo Santa Maria Marins

Nós brasileiros/as deveríamos entrar, todos nós, com uma ação coletiva judicial contra o CONGRESSO NACIONAL, câmara de deputados/as e senadores/as e EXIGIR uma investigação PELA POLÍCIA FEDERAL DO BRASIL, para onde foi o DINHEIRO DO POVO BRASILEIRO SURRUPIADO PELAS EMENDAS SECRETAS, PIX, DE COMEÇÃO TOTAL e de BANCADA e outras, EMENDAS, que levaram o GOVERNO FEDERAL a ter um deficit de R$ 43.000.000.000 (QUARENTA E TRÊS BILHÔES) DE REAIS. Quando deveria esse mesmo GOVERNO FEDERAL estar apresentando um SUPERAVIT de R$ 7.000.000.000 (SETE BILHÕES) de REAIS. Pois é, CADÊ os R$ 50.000.000.000 (CINQUENTA BILHÔES) de REAIS que os políticos estavam até jogando pela janela quando a polícia chegou? Desse jeito vai ter decifit mesmo! OPINIÃO!

Denunciar

Paulo Roberto Leite Vieira

Protegidos por uma imprensa suja da qual você faz parte 

Denunciar

Andre Gustavo Reis Fialho

Congresso poderoso ou podre roso? Com Pacheco e Lira, congresso covarde e vendido. 

Denunciar