Raquel Landim

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Eduardo se licencia para livrar Bolsonaro da cadeia e atacar Lula e Moraes

Pessoas próximas a Eduardo Bolsonaro dizem que ele decidiu se licenciar do cargo de deputado federal para tentar evitar a prisão do pai e para atacar mais livremente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

A expectativa inicial é que ele fique quatro meses afastado do cargo. Um novo deputado só assume a vaga se Eduardo ficar afastado por mais de 120 dias. O primeiro nome na fila é o do missionário José Olímpio (PL-SP).

Com a decisão, Eduardo abre mão da presidência da Comissão de Relações Exteriores, cuja indicação cabia ao PL. Para o seu lugar, o partido vai apontar o deputado federal coronel Zucco.

"O pau vai torar. Brasília deve estar tremendo. Agora ele vai atacar mais livremente o sistema", diz uma fonte.

O objetivo de Eduardo Bolsonaro, dizem as fontes, é incrementar a aproximação da família Bolsonaro com o presidente Donald Trump e com o bilionário Elon Musk.

A família Bolsonaro acredita que a intervenção dos Estados Unidos pode ajudar a evitar a prisão do ex-presidente no julgamento por golpe de Estado. Eles defendem que o julgamento no STF está enviesado por questões políticas.

Eduardo corria o risco de perder seu passaporte e não conseguir voltar para os Estados Unidos.

O PT apresentou uma queixa-crime ao STF pedindo a apreensão do passaporte dele por "crime contra a soberania nacional", por "conspirar contra o governo brasileiro nos Estados Unidos".

É graças a reuniões de Eduardo com parlamentares americanos que foi retomada a votação de uma lei que pode retirar o visto americano de Moraes. O deputado revelou as articulações em entrevista ao UOL.

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