Motta e Alcolumbre pretendem utilizar caso Gayer para moralizar Congresso
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Os presidentes do Senado, David Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, pretendem utilizar o caso do deputado Gustavo Gayer como um exemplo para "moralizar" o Congresso Nacional.
Não só Motta telefonou para Gayer e o repreendeu após o episódio como a representação de Alcolumbre contra Gayer no conselho de ética deve seguir logo no início da próxima semana.
De acordo com o entorno dos presidentes da Câmara e do Senado, não existe nenhum problema com o bolsonarismo ou com a direita, mas a declaração de Gayer passou de todos os limites.
Interlocutores de Motta e de Alcolumbre afirmam que Gayer atingiu a honra da ministra Gleisi Hoffman e dos presidentes da Câmara e do Senado.
Além disso, o processo contra ele e sua eventual cassação serviria como um exemplo para colocar freio nos parlamentares que fazem baderna no Congresso de ambos os lados do espectro politico.
Na quarta-feira (12), Gayer fez uma publicação no X, que posteriormente apagou, dizendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia oferecido a ministra Glesi a Motta e Alcolumbre "como um cafetão oferece uma GP (garota de programa)".
Ele também sugeriu que Gleisi, Alcolumbre e o deputado Lindbergh Farias seriam um "trisal".
A Câmara dos Deputados tem sido palco de trocas de insultos cada vez mais inflamados e de baixarias desde a gestão de Arthur Lira (PL).
Em meados do ano passado, os deputados Nikolas Ferreira (PL) e André Janones (Avante) quase participaram para a agressão física durante uma sessão de uma comissão.
No fim de fevereiro deste ano, deputados governistas e de oposição protagonizaram uma gritaria generalizada.
Motta afirmou então que não era "frouxo" e que o plenário não era o "jardim de infância".
"Eu quero dizer às vossas excelências que se vossas excelências estão confundindo esse presidente como uma pessoas, paciente, serena, como um presidente frouxo, vocês ainda não me conhecem", afirmou, na época.
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