Galípolo se compromete com mais uma alta do juro, mas sem definir magnitude
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O Comitê de Política Monetária (Copom) não só elevou a taxa de juros para 14,25% —a maior desde a era Dilma— como se comprometeu com mais um aumento.
Só não definiu o tamanho. Disse apenas que "antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião".
Ou seja, não teremos mais uma alta de 1 ponto percentual da taxa Selic, mas pode ser de 0,75 ponto, 0,5 ponto, 0,25 ponto.
E vai ser a primeira sem nenhuma "herança" do ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Se o governo e o PT forem buscar culpados, a responsabilidade será de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A alta de juros decidida hoje já era esperada e também estava dentro do previsto nos novos reajustes, dada a força da inflação.
As expectativas para o IPCA estão em 5,7% em 2025 e 4,5% em 2026, muito acima da meta de 3%.
O que chamou atenção foi o Copom não ter precisado de quanto serão os próximos reajustes e também o uso de uma linguagem um pouco condescendente com a política fiscal.
"A percepção dos agentes econômicos sobre a política fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando de forma relevante os preços de ativos e as expectativas dos agentes", diz o comunicado.
"Na visão do BC, portanto, a política fiscal frouxa é uma realidade factual ou uma percepção do mercado?", questionavam economistas e operadores ouvidos pela coluna.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sempre defendeu que trata-se mais de uma percepção do mercado, enquanto Campos Neto dizia que é um fato.
E o que acha Galípolo?
Era a dúvida na cabeça de todos depois de ler o comunicado.
22 comentários
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Paulo Marcio Almada dos Santos
E agora Nine? De quem é a culpa? Descarado
Rafael Oliveira
Paizão, chegou o momento de um recuo estratégico. Manda esse Galipolo imperialista embora, diga que ele ficou disfarçado e que nos enganou a mando do Campos Neto, assim ganhamos tempo para explicar a taxa de juros. Coloque o companheiro Mercadante na função e determine que os juros caíam pela metade. Quando a inflação subir ainda mais, podemos colocar a culpa no Trump ou no Zelensky ou no FHC ou nas galinhas. Sem mais, os intelectuais.
Wilson Paulo Peccinato Junior
Cadê o lulis pra reclamar do menino do banco central Kkkkk