Justiça entende que Leo Dias acusou modelo sem provas e condena jornalista

O processo

Na ação, o modelo afirmou que Léo Dias estava assediando de forma agressiva e impertinente a sua família e que ele estava "exausto de suas publicações mentirosas", que o prejudicavam na vida particular e profissional.

"Leo Dias é conhecido no meio artístico pela coleção inigualável de inimizades construídas. Provavelmente a sua extensa relação de inimigos só encontre paralelo na igualmente impressionante quantidade de processos cíveis e criminais que responde", afirmou Castellani à Justiça.

Leo Dias e o portal Metrópoles se defenderam no processo afirmando que a reportagem "não trouxe qualquer inverdade".

"A reportagem tão somente reproduziu, de forma imparcial, relato feito por terceiros", disse à Justiça a advogada Taynara Bueno Drummond, que os representa, ressaltando que a publicação deixava claro que as informações haviam sido prestadas por "fontes próximas à família" do modelo.

Segundo a defesa, o jornalista não cometeu nenhuma ilicitude ou abuso, "exercendo de maneira plena sua atividade jornalística".

Condenação em segunda instância

Leo Dias e o portal foram condenados em primeira instância em 2022, recorreram, mas os desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo mantiveram a decisão, em julgamento publicado ontem (27 de agosto).

"A matéria atribuiu ao autor do processo conduta que, em tese, poderia configurar crime, sem averiguar a veracidade dos fatos, e sem munir-se de comprovação", afirmou na decisão o desembargador Marcus Rios Gonçalves, relator do processo. "Para que houvesse tal publicação, era necessário que o jornalista tivesse se munido minimamente de provas do ocorrido."

Os valores da condenação ainda serão acrescidos de juros e correção monetária.

Leo Dias e o Metrópoles ainda podem apresentar novo recurso.