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Rubens Valente

'Número dois' da PF diz que não havia problema de produtividade no Rio

O diretor-executivo da Polícia Federal, Carlos Henrique Oliveira de Sousa - Divulgação
O diretor-executivo da Polícia Federal, Carlos Henrique Oliveira de Sousa Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

13/05/2020 19h00

O delegado da Polícia Federal (PF) Carlos Henrique Oliveira de Sousa, nomeado nesta quarta-feira (13) o diretor-executivo da corporação, ou "número dois", disse em depoimento à PF hoje que a Superintendência do órgão no Rio não tinha problemas de produtividade quando ele assumiu o cargo, em novembro de 2019, em substituição ao delegado Ricardo Saadi.

A versão contraria o que o presidente Jair Bolsonaro disse em agosto de 2019. Quando indagado pela imprensa no Palácio da Alvorada sobre as pressões para trocar o então superintendente da PF no Rio, Saadi, Bolsonaro disse que era uma questão de "produtividade".

No depoimento, Sousa foi indagado se tinha conhecimento "de investigações sobre familiares do presidente nos anos de 2019 e 2020" na superintendência da PF no Rio. Ele respondeu que houve "uma investigação no âmbito eleitoral cujo inquérito já foi relatado, não tendo havido indiciamento".

A declaração contradiz afirmações recentes de Jair Bolsonaro. Nesta terça-feira (12), o presidente declarou: "Não estou e nem nunca estive preocupado com a Polícia Federal. Nunca tive ninguém da minha família investigado pela Polícia Federal. Isso não existe no vídeo. Vocês tão sendo mal informados. (...) Vi uma TV agora dizendo que eu interferi na PF em defesa da família. Isso não existe no vídeo. No vídeo todo, a palavra PF ou polícia federal não existe. O que a mídia esta divulgando agora é fake news. Estão desinformando".