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Tales Faria

REPORTAGEM

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Lula e o PT só querem e só esperam o apoio de uma parte do MDB

29.jan.22 - Ex-presidente Lula (PT)  - ROBERTO CASIMIRO/ESTADÃO CONTEÚDO
29.jan.22 - Ex-presidente Lula (PT) Imagem: ROBERTO CASIMIRO/ESTADÃO CONTEÚDO

Colunista do UOL

12/04/2022 16h22Atualizada em 12/04/2022 17h19

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As conversas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com políticos do MDB não têm como objetivo evitar a candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MDB-MS).

Na avaliação do PT, só uma parcela do MDB, especialmente do Nordeste, apoiará a candidatura Lula. Os demais diretórios emedebistas nos estados ou fecharão com a senadora, ou apoiarão o presidente Jair Bolsonaro (PL), ou não terão candidato ao Planalto.

No levantamento passado ao PT pela cúpula do MDB, se a candidatura Lula fosse submetida à convenção nacional, não haveria chance de os seguintes diretórios emedebistas apoiarem o PT:

  • Rio de Janeiro;
  • São Paulo;
  • Minas Gerais;
  • Santa Catarina;
  • Paraná;
  • Rio Grande do Sul;
  • Goiás;
  • Mato Grosso do Sul;
  • Mato Grosso;
  • Rondônia;
  • Roraima;
  • Pará.

Esse último caso é curioso: candidato à reeleição, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), deve ter um petista como vice e informalmente apoiará Lula. Mas pediu ao presidente do seu partido, Baleia Rossi (SP), que a sigla tenha um candidato próprio, já que ele está montando alianças com várias siglas no estado.

O levantamento nacional feito pelo MDB indica até que é melhor para Lula que o partido tenha candidato ou próprio, ou feche com a chamada "Terceira Via", para não engrossar o apoio a Bolsonaro nos estados.

Assim, o jantar desta segunda-feira. 11, com o ex-presidente Lula, que foi promovido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) na casa do ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE), serviu apenas para consolidar velhas alianças do PT com políticos do Nordeste, especialmente do MDB.

Nem mesmo casos como o da senadora Rose de Freitas (MDB-ES), que garantiu presença no evento, dão segurança ao PT de que ela irá votar no ex-presidente. Rose tem tido um comportamento pendular no Senado, ora votando com a oposição, ora apoiando o governo Bolsonaro.