Na reta final da campanha, candidatos disputam pouco mais de 8% dos votos

Começou a raspa do tacho de votos da campanha eleitoral. A última pesquisa BTG-FSB mostra que sobraram poucos votos para a disputa pela Presidência da República.

Pouquíssimos eleitores dos dois primeiros colocados admitem mudar o voto. Entre os que se dizem dispostos a votar no ex-presidente Lula (PT) e no presidente Jair Bolsonaro (PL), 87% afirmam que a escolha é definitiva. Quase 90% dos votos deles estão cristalizados. Dificilmente um tira voto do outro a essa altura.

Mais. A menos de um mês para o dia das eleições, 2 de outubro, Ciro Gomes tem apenas 8% das intenções de voto; Simone Tebet, 6%; e os demais, todos, somados, 3%. Ou seja, praticamente não têm mais como chegar aos 34% de Bolsonaro e, muito menos, aos 42% de Lula. Estão quase fora da disputa.

É entre esses candidatos da chamada terceira via que está a maior parcela dos que admitem mudar seu voto. São cerca de metade dos 17% dos eleitores de Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e companhia. Há, portanto, apenas uns 8,5% dos eleitores que ainda podem optar por Lula ou Bolsonaro.

Segundo as pesquisas, a maior parcela dos que não estão plenamente decididos tende a votar em Lula. Mas o petista teria que conquistar praticamente todos esses votos para vencer no primeiro turno, o que é muito pouco provável.

De qualquer forma, os comandos das campanhas ainda correm atrás da raspa de tacho dos votos. Há a expectativa de que aconteça algum fato novo de grande importância. O que é menos provável ainda.

Por enquanto, os fatos jogam contra Bolsonaro. Cresce a importância e a repercussão junto ao eleitorado da reportagem do UOL que revelou a suspeitíssima compra de dezenas imóveis com dinheiro vivo pelos familiares do presidente. E ele ainda piora a situação radicalizando seus ataques contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.