Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Há cerca de 6% dos eleitores dispostos a optar pelo voto útil
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Em entrevista no programa UOL-News da tarde desta segunda-feira, o cientista político e CEO da Quaest Consultoria e Pesquisa, Felipe Nunes, disse que ainda não é possível mensurar quanto o ex-presidente Lula (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL) devem receber de voto útil na eleição presidencial de outubro.
Segundo ele o voto útil é uma "ação racional, individual" decidida pelo eleitor "em geral no dia da votação". Mas Felipe Nunes anunciou que a Quaest está estudando o perfil psicológico deste eleitor disposto a optar pelo voto útil. Já na próxima quarta-feira, o instituto deverá divulgar o resultado desse estudo.
Felipe Nunes adianta que nunca houve tantos eleitores já decididos quanto neste ano. "Beiram os 80%", afirma. Ou seja, há 20% do eleitorado geral disponível para talvez mudar seu voto.
Se formos considerar apenas os adversários de Lula e Bolsonaro, ele explica que são 30% os eleitores da chamada terceira via que ainda podem mudar o voto.
Com base no que disse Felipe Nunes, esta coluna faz a seguinte projeção, a partir dos dados divulgados na manhã desta segunda-feira pela pesquisa BTG/FSB: há cerca de 17% de eleitores ainda dispostos a votar na terceira via. Ou seja, mais ou menos 6% (30% de 17%) de eleitores que podem optar pelo voto útil nestas eleições.
Se levarmos em conta que Lula está acima de 40% na preferência do eleitorado em praticamente todas as pesquisas — e que ele é o segundo colocado na preferência dos eleitores da terceira via — tudo indica que Lula ganha o apoio da maior parte destes 6%. Ou seja, o petista está bem próximo de vencer no primeiro turno.
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