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Pesquisa Ipec no Sudeste liga modo pânico na campanha de Bolsonaro
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Bateu o pânico entre assessores do presidente Jair Bolsonaro com a pesquisa Ipec divulgada nesta terça-feira, 27, especialmente por causa dos resultados nos estados do Sudeste. Eles apontam uma enorme dificuldade para a reeleição do presidente com a qual o comando da campanha não contava conviver a cinco dias da votação do primeiro turno.
Lula aumentou a diferença sobre Bolsonaro nos três maiores colégios eleitorais do país. Ficou 11 pontos à frente no estado com maior número de eleitores, São Paulo; 18 pontos, em Minas Gerais; e seis pontos, no Rio de Janeiro.
Em São Paulo, as intenções de voto em Lula no primeiro turno oscilaram de 43% para 44%, enquanto Bolsonaro manteve os mesmos 33% da pesquisa anterior. Em Minas, Lula passou de 46% para 49% e Bolsonaro manteve os mesmos 31%. No Rio, Lula oscilou de 41% para 42% e Bolsonaro também manteve os 36% da pesquisa anterior.
Como a margem de erro é de dois pontos, Lula passou à frente de Bolsonaro no Rio. E vale lembrar que, desde o fim da ditadura militar, nenhum candidato foi eleito presidente sem vencer em Minas Gerais. Além do mais, tudo indica que a distância entre Lula e Bolsonaro continua muito alta nos estados do Nordeste.
Na pesquisa divulgada ontem pelo Ipec, Lula ficou no Nordeste com 39 pontos percentuais à frente de Bolsonaro nas intenções de votos. Depois do Sudeste, o Nordeste é o segundo eleitorado em tamanho no país.
Diante desses resultados a última esperança dos bolsonaristas passa a ser o debate presidencial da TV Globo, nesta quinta-feira, 29. Pelo histórico de Bolsonaro e Lula, não há expectativa nem de um desempenho desastroso do petista, nem de que Bolsonaro dê um show.
O presidente tem se negado reiteradamente a seguir as indicações de moderação do comando da campanha e, em todos os debates, acabou polarizando com mulheres, uma parcela do eleitorado em que o presidente vai muito mal.
Há também o temor quanto à migração provocada pelo chamado voto útil de candidatos da terceira via - como Ciro Gomes e Simone Tebet. Segundo as pesquisas, a maior parte dos eleitores desses dois candidatos que ainda admitem mudar o voto tende a optar por Lula.
Diante desse quadro, começa a distribuição de acusações de culpa entre os bolsonaristas.
O comando da campanha atribui ao próprio Bolsonaro a maior responsabilidade, por não ter seguido os conselhos. Os assessores de Bolsonaro ligados ao centrão, por sua vez, culpam o ministro da Economia, Paulo Guedes, por ter atrasado o Auxílio Brasil. Os bolsonaristas raiz e Guedes culpam os políticos do centrão, que estão abandonando Bolsonaro nos estados.
A verdade é que todos eles têm razão.
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