Com CPI da Braskem, Renan e Lira discutem trégua em Alagoas
O colunista do UOL Tales Faria afirmou durante o programa Análise da Notícia que, diante do desastre provocado pela Braskem em Maceió, poderá haver uma trégua entre dois grupos políticos que historicamente são rivais em Alagoas: o grupo do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Com CPI da Braskem, Renan e Lira discutem trégua em Alagoas. Tales Faria
Tendo direito a explorar minas de sal-gema na região desde a década de 1970, a Braskem recentemente fechou um contrato milionário com a prefeitura de Maceió. Diante dos últimos acontecimentos, uma CPI deverá ser instaurada para analisar os acordos e Renan quer propor uma "trégua humanitária" entre seu grupo e o grupo de Arthur Lira.
A prefeitura de Maceió fechou um acordo com a Braskem e recebeu R$ 1,7 bilhão para garantir em contrato que não será cobrado mais nada da Braskem, e a empresa também não será responsabilizada por nada. Renan, entretanto, argumenta que esse contrato é prejudicial não só à prefeitura, mas ao governo do estado. Vale destacar que o governador, que é aliado de Renan, não aceita esse contrato, enquanto o prefeito é aliado de Arthur Lira.
Acho que não haverá devolução do dinheiro como o Renan quer e acho que prefeitura não vai fazer isso. Mas, de qualquer maneira, é um aperto na Braskem. E com a CPI saindo, a Braskem está disposta a ceder um pouco, ao que parece. O milagre do acordo total entre o grupo do Renan e o grupo do Lira é pouco provável, mas um milagrezinho de voltarem atrás em alguns termos do acordo é possível. Tales Faria
A prefeitura de Alagoas, inclusive, pediu a revisão do contrato alegando o descumprimento de uma cláusula. Além disso, diante da repercussão dos acontecimentos em Maceió, líderes do Senado estão se dispondo a dar andamento à CPI.
Prefeitura e Braskem acham que é o momento de sentarem para renegociar o contrato. Pode ser um sinal de que a trégua [entre Renan e Lira] vai acontecer. Tales Faria
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