Tales: Tarcísio e Marçal tomam o espaço de Bolsonaro em SP
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não está entendendo que Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Pablo Marçal (PRTB) estão tomando o lugar dele dentro do bolsonarismo, afirmou o colunista do UOL Tales Faria no UOL News desta quarta-feira (4).
O Tarcísio se tornou protagonista nesta eleição. Está sendo um padrinho até mais forte que o Bolsonaro. Bolsonaro apadrinhou os dois [Nunes e Marçal] e acabou perdendo importância como padrinho político. Já o Tarcísio não, ele é um padrinho importante.
'O perigo de dar asa à cobra?' Tem duas cobras sendo criadas dentro do terreiro do Bolsonaro. Duas pessoas que são capazes de superá-lo: o Marçal, com o discurso mais radical e avançando bastante na internet, e o Tarcísio, com o discurso mais moderado, avançando em direção ao centro. Esses dois estão tomando lugar do Bolsonaro dentro do bolsonarismo. É isso que o Bolsonaro não está entendendo [...] Já tem dois aí prontos para tomar o poder dele.
Marçal é um sujeito novo, mais novo que o Tarcísio, e com muito dinheiro e expectativas de ter mais dinheiro com tudo que ele tem na internet. [...] Marçal já soltou que é o 'prefeito do Brasil'. Vai querer ser candidato à Presidência também. Tales Faria, colunista do UOL
Durante a sabatina do UOL desta quarta (4), Pablo Marçal não confirmou sua presença em ato com bolsonaristas no dia 7 de setembro. ''Será uma surpresa'', segundo ele. Para Tales, Marçal espera uma boa recepção dos bolsonaristas no ato.
Marçal está com a tática de criar muita expectativa em torno da presença dele, estar lá e ser um grande acontecimento. Tudo indica que ele vai. [...] Chegando lá, ele não pretende bater no Alexandre de Moraes, ele pretende somente que o Nunes seja vaiado e ele seja aplaudido. O que não é impossível. É bem provável que os bolsonaristas reclamem do Nunes e deem vivas ao Marçal. Então Marçal nem precisa falar, porque o esquema lá é para os dois não falarem, eles vão estar presentes. Mas só de apresentar um ou o outro, vai ter a reação popular. É isso que Marçal quer: a expectativa para uma grande reação popular para a chegada dele. Essa é a estratégia que tá clara na forma dele falar em relação a esse sete de setembro. Tales Faria, colunista do UOL
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