O exemplo americano: como funciona um plano de imunização de verdade
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Ninguém, muito menos a Suprema Corte americana, precisou cobrar o governo dos Estados Unidos a apresentar seu plano de imunização contra o coronavírus. Todo mundo sabia que havia um.
"Em 24 horas, a partir da aprovação da vacina (da Pfizer) pelos órgãos reguladores, as primeiras doses serão embarcadas nos Estados Unidos, e em 48 horas os americanos estarão recebendo o imunizante", disse em novembro Moncef Slaoui, chefe do programa de vacinas contra a covid-19 dos Estados Unidos. Slaoui afirmou ainda que a aprovação pelo FDA, a agência reguladora de medicamentos daquele país, deveria ocorrer no dia 11 de dezembro.
O FDA aprovou a vacina no dia 11 de dezembro.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país oficializou a aprovação no dia 13.
No dia 14, ou seja, 24 horas depois, as primeiras doses da vacina da Pfizer começaram a sair dos galpões da farmacêutica em Michigan e Wisconsin. Funcionários previamente treinados embalaram e acondicionaram o imunizante em recipientes térmicos do tamanho de uma mala de viagem, cada uma com capacidade para acomodar até 5 mil doses.
As maletas foram projetadas para funcionar como freezers móveis para os centros de saúde sem equipamentos capazes de manter a vacina na baixa temperatura exigida.
Elas foram embarcadas no mesmo dia em centenas de caminhões e aviões de carga, que partiram quase simultaneamente na direção de 50 estados americanos e seu distrito federal, Colúmbia.
Aeronaves de passageiros que quisessem pousar ou decolar neste dia tiveram de esperar — os aviões carregados de vacina receberam prioridade em todos os aeroportos do país. Os caminhões tiveram escoltas de segurança e foram monitorados em todo o percurso por dispositivos de rastreamento destinados a garantir a velocidade da entrega da mercadoria e a manutenção das condições ideais de temperatura e exposição à luz.
Assim, 48 horas após a aprovação da vacina, a enfermeira Sandra Lindsay recebeu a primeira dose do imunizante num hospital de Nova York, no que foi seguida por milhares de outros profissionais de saúde e idosos moradores de asilos, o público alvo inicial na escala de prioridades montada pelo governo.
Essa escala prevê que, até o final de dezembro, 20 milhões de americanos estejam vacinados. Em janeiro, serão outros 30 milhões. Em fevereiro, mais 50 milhões. E até julho do ano que vem, todos os americanos que desejarem estarão imunizados contra a covid-19, gratuitamente.
Como é bom ter governo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.