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Serviços de inteligência mostram que temperatura do 7 de setembro baixou
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Numa escala de risco das manifestações previstas para o dia 7 de setembro, a possibilidade de ocorrência de conflitos violentos, de zero a dez, desceu de 7 para 5 desde a semana passada.
A avaliação é de um general do Exército que participa das reuniões de monitoramento que vêm sendo realizadas entre a Força e as Polícias Militares de áreas consideradas mais sensíveis, como São Paulo e o Distrito Federal.
Esse monitoramento — feito pelos serviços de inteligência das polícias, do Exército e também pela Abin — visa a aferir o grau de risco de "quebra da ordem pública" durante as manifestações e leva em conta três indicadores principais: os planos de deslocamento e posicionamento de grupos potencialmente perigosos; a presença de armas brancas e de fogo nas mãos desses grupos; e a suficiência ou insuficiência dos meios de contenção dos encarregados de dissipar eventuais focos de conflito (nesse caso, as PMs dos estados).
Até o momento, os responsáveis pelos monitoramentos não identificaram um número significativo de grupos de perfil agressivo dispostos a confrontar frentes antagônicas e nem a presença de armas em seu poder. Sobre a capacidade dos meios de contenção das polícias militares, a conclusão dos serviços de inteligência é de que, tanto em São Paulo quanto no Distrito Federal, ela é suficiente para evitar que conflitos pontuais resultem em distúrbios de massa no dia 7.
Esse esfriamento de ânimos ficou especialmente nítido a partir do dia 25 de agosto. Na data, em que se comemora o Dia do Soldado, setores do Exército temiam que Jair Bolsonaro fizesse um discurso incendiário. O presidente não falou e o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, optou por um pronunciamento protocolar — o comportamento de um e de outro, na avaliação de militares, ajudou a desarmar espíritos.
Mesmo diante da avaliação de baixo risco das manifestações, as reuniões entre comandantes de área do Exército e comandantes das polícias militares de estados contemplaram a hipótese de intervenção da Força no caso de conflitos que saiam do controle dos estados.
A lei prevê que, em situações como essas, governadores podem dirigir-se diretamente ao presidente da República ou ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), hoje chefiado pelo general Augusto Heleno, para pedir a ajuda das Forças de modo a garantir a lei e a ordem. A solicitação dos estados pode envolver o envio de tropas ou apenas equipamentos e meios de transporte. Em quaisquer dos casos, a decisão de atender ou não ao pedido é do presidente.
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