Topo

Thaís Oyama

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Bob, o comissário de bordo (parte 3)

Colunista do UOL

22/02/2022 04h00

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Esta é parte da versão online da edição de segunda-feira (21) da newsletter de Thaís Oyama — um olhar diferente sobre a intimidade de personagens desconhecidos com vidas extraordinárias.

Neste terceiro e último texto da série com Bob (o nome é fictício), 55 anos, chefe de comissários de uma das maiores companhias aéreas do mundo, ele conta como é a "vida louca" da tripulação, a bordo e em terra, e fala de amor e sexo nas alturas. Para assinar o boletim e ter acesso ao conteúdo completo, clique aqui.

*****************

Os comissários e a vida louca

"Durante o voo, nós somos expressamente proibidos de beber. Claro que eu tomo uma tacinha antes de dormir. Mas tem gente que exagera. Outro dia, vieram me avisar: "Bob, a Fulana está caindo no corredor". E isso foi antes do café da manhã.

(...)

Em compensação, nos pernoites, está tudo liberado e, dependendo da cidade, sempre tem festa. No Rio, os hotéis em que ficamos tem piscina grande, bar... Aí é festa e bebedeira. Em Paris, os hotéis são bons, mas pequenininhos, sem bar. Então, o pessoal da tripulação sai para jantar ou dorme. Já os pilotos chegam no hotel e ligam para as namoradas ou mulheres que já conhecem e pronto.

(...)

Amor e sexo nas alturas

Sexo entre comissários e passageiros tem demais. Recentemente, um comissário meu teve a pachorra de vir me mostrar a mão para provar que o passageiro tinha gozado nela. Mas é mais sexo gay do que hetero. Gay gosta de sexo prático, rápido. Já vi casal heterossexual transando no banheiro? Vi, mas foi uma vez — isso em 28 anos de trabalho. Todas as experiências de que eu me lembro são gays, mesmo porque parece que esses millenials não gostam de sexo.

Eu já me apaixonei por passageiros. Até hoje, ainda sou apaixonado por alguns. Eu tremo quando eles chegam, eles me conhecem pelo nome. São quase todos casados. Um deles, lindo, me adora. Chega e diz: "Hoje estou com o perfume que você gosta". São amores platônicos, claro, eles não rezam na mesma igreja que eu, mas não importa. Quando eu vejo o nome de algum deles na lista, já fico feliz".

*****************

LEIA MAIS NA NEWSLETTER

Bob também revela uma dica de como passageiros que têm medo de voar podem saber se o avião está em pane.

Assinante UOL tem acesso a todos os conteúdos exclusivos do site, newsletters, blogs e colunas, dicas de investimentos e mais. Para assinar a newsletter da Thaís Oyama e conhecer nossos outros boletins de jornalistas e personalidades, clique aqui.