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Respostas espontâneas indicam: eleição será apertada
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Esta é parte da versão online da edição da newsletter da Thaís Oyama enviada ontem (13). Na newsletter completa, apenas para assinantes, a colunista conta por que é preciso olhar a partir de agora para as respostas espontâneas das pesquisas e o que elas apontam. O texto traz ainda a coluna "Em off", que mostra um bastidor do evento promovido para demonstrar o apoio de evangélicos à candidatura de Lula no Rio de Janeiro. Quer receber antes o pacote completo, com a coluna principal e mais informações, no seu e-mail, na semana que vem? Inscreva-se aqui.
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Respostas espontâneas indicam: eleição será apertada
"É hora de olhar para as respostas espontâneas, e o que elas dizem é que a disputa entre Lula e Bolsonaro será mais apertada do que se supunha".
A afirmação, do cientista social Felipe Nunes, diretor da Quaest, se refere ao tipo de resposta que o entrevistado dá quando perguntado sobre em quem ele pretende votar sem que lhe seja apresentado uma cartela com nomes, como ocorre na pesquisa estimulada.
Na última rodada da Genial/Quaest, divulgada na semana passada (*), a pesquisa estimulada mostrou que o ex-presidente Lula (PT) manteve os 44% de intenções de votos que tinha no levantamento anterior, enquanto Bolsonaro oscilou dois pontos para cima e ficou com 34%.
Com exceção da pesquisa Ipec, divulgada anteontem, os maiores institutos, incluindo FSB, Datafolha, Ipespe e Ideia, divulgaram resultados semelhantes aos da Quaest na semana passada, em que Lula mantém a estabilidade e Bolsonaro oscila positivamente.
Na espontânea, vantagem de Lula sobre Bolsonaro cai pela metade
A vantagem de Lula sobre Bolsonaro na pesquisa estimulada da Quaest é, portanto, de 10 pontos percentuais. Ocorre que, na pesquisa espontânea do mesmo instituto, a dianteira do petista cai para metade. Quando o eleitor responde em que candidato vai votar sem consultar nenhuma lista de nomes, Lula fica com 34% de intenção de votos e Bolsonaro, 29% — uma diferença de apenas 5 pontos percentuais.
Segundo Nunes, é para esses últimos números que se deve olhar agora.
Por que a espontânea é mais confiável que a estimulada neste momento?
A menos de vinte dias da eleição, o percentual de conhecimento de todos os principais candidatos à Presidência já ultrapassa 50%.
Essa porcentagem, considerada elevada, diminui as chances de o entrevistado ter deixado de mencionar um nome apenas por desconhecer sua existência — e aumenta a possibilidade de a resposta refletir de fato o candidato da sua preferência.
"A resposta espontânea tende a revelar um voto pensado, convicto. Isso faz dela o melhor indicador do que vai acontecer na urna", diz o cientista social.
Esse raciocínio leva à conclusão de que, a partir de agora, a tendência não é de a distância entre Lula e Bolsonaro aumentar, mas de diminuir, como mostram as respostas espontâneas. "O que esse indicador prenuncia é que vem por aí uma disputa acirrada", afirma Nunes.
(*) (*) Nova pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje, 14, mostra que a vantagem de Lula na pesquisa estimulada caiu para 8 pontos percentuais. Na espontânea, o candidato do PT ficou com 33% e Jair Bolsonaro, 29%, o que configura empate técnico
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