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Petistas que defendem Haddad na Economia veem surto do mercado como pressão
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Petistas entusiastas da escolha do ex-prefeito Fernando Haddad para o Ministério da Economia viram no que eles chamam de "surto artificial" do mercado diante do discurso de Lula, ontem, no Egito, uma forma de tentar forçar o "endireitamento" da política econômica do novo governo.
Esse "endireitamento", na visão de um político da cúpula do PT, se daria por meio da colocação de um representante "deles" (do mercado) num posto estratégico da Economia, abaixo do titular da pasta.
"Eles querem forçar uma composição em que um ministro de vitrine seja secundado por um executivo neoliberal, algo que o Haddad, caso seja escolhido, jamais aceitará", afirmou o integrante da cúpula do PT.
Ontem, no Egito, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva potencializou a reação negativa do mercado diante do anúncio da PEC da Transição ao atacar o que chamou de "especuladores" e desdenhar dos efeitos de seus pronunciamentos contrários ao teto de gastos: "Se eu falar isso vai cair a Bolsa, vai aumentar o dólar? Paciência".
Enquanto o petista discursava, o Ibovespa caiu 3,36% e o dólar atingiu a mais alta cotação desde a sua eleição.
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