Topo

Thaís Oyama

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Petistas que defendem Haddad na Economia veem surto do mercado como pressão

Para petistas pró-Haddad, mercado quis "endireitar" o novo governo -  O Antagonista
Para petistas pró-Haddad, mercado quis "endireitar" o novo governo Imagem: O Antagonista

Colunista do UOL

18/11/2022 11h31

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Petistas entusiastas da escolha do ex-prefeito Fernando Haddad para o Ministério da Economia viram no que eles chamam de "surto artificial" do mercado diante do discurso de Lula, ontem, no Egito, uma forma de tentar forçar o "endireitamento" da política econômica do novo governo.

Esse "endireitamento", na visão de um político da cúpula do PT, se daria por meio da colocação de um representante "deles" (do mercado) num posto estratégico da Economia, abaixo do titular da pasta.

"Eles querem forçar uma composição em que um ministro de vitrine seja secundado por um executivo neoliberal, algo que o Haddad, caso seja escolhido, jamais aceitará", afirmou o integrante da cúpula do PT.

Ontem, no Egito, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva potencializou a reação negativa do mercado diante do anúncio da PEC da Transição ao atacar o que chamou de "especuladores" e desdenhar dos efeitos de seus pronunciamentos contrários ao teto de gastos: "Se eu falar isso vai cair a Bolsa, vai aumentar o dólar? Paciência".

Enquanto o petista discursava, o Ibovespa caiu 3,36% e o dólar atingiu a mais alta cotação desde a sua eleição.