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Thaís Oyama

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Centrão quer liderança própria dentro do Planalto; indecisão aumenta fatura

Colunista do UOL

31/05/2023 13h23

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Com as derrotas no Congresso Nacional em propostas de interesse do governo Lula (PT), a pressão para dar um ministério com "acesso" direto ao Palácio do Planalto a uma liderança do centrão vem aumentando.

Segundo a colunista Thaís Oyama, as últimas derrotas no Congresso Nacional foram um recado do "centrão botando a faca no pescoço do governo".

O auge da insatisfação está sendo manifestado, mas essa insatisfação está sendo gestada há algum tempo, tanto que na quarta-feira (24), em uma reunião do Antônio Rueda (União Brasil), reuniram-se Arthur Lira (PP-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Marcos Pereira (Republicanos-SP), Valdemar Costa Neto (PL) e o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes".

Eles se reuniram para ver o que fariam em relação a essa insatisfação, as queixas foram muitas, como o fato das emendas parlamentares não estarem fluindo, como o fato de muitos ministros não estarem conseguindo nomear seus secretários-executivos. Houve uma série de reclamações e o consenso de que seria preciso cobrar o empoderamento do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Em outras palavras, isso significa que eles decidiram cobrar que o ministro tivesse mais autonomia para liberar as emendas e destravar as nomeações dos ministérios".

Por afetar as votações de projetos de interesse do governo, petistas já defendem uma "minirreforma" ministerial, como a vinda de Elmar Nascimento (União-BA) para a Esplanada dos Ministérios.

Isso vem sendo dito há muito tempo, quanto mais o governo demora para resolver isso, mais a conta aumenta. Agora que a coisa chegou nesse ponto, com eles colocando a faca no pescoço do governo e ameaçando não votar as medidas provisórias de reestruturação dos ministérios, lideranças da base já dizem que vão cobrar não só mais a inclusão de mais um ministério, mas um ministro dentro do Planalto. Os ministros palacianos são todos petistas, e o que dizem as lideranças é que isso só se resolveria se o governo topasse incluir uma liderança do centrão dentro do Planalto".

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