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Wálter Maierovitch

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Câncer de Putin. Cirurgia realizada em abril. Furo da Newsweek

Vladimir Putin, presidente da Rússia - Getty Images
Vladimir Putin, presidente da Rússia Imagem: Getty Images

Colunista do UOL

05/06/2022 14h59Atualizada em 05/06/2022 15h01

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Hoje, o semanal Newsweek informa sobre o câncer avançado de Putin e a cirurgia de extração do tumor dada como ocorrida em abril passado. Mas não parou aí.

A primeira vez que circulou a notícia sobre Putin estar acometido de câncer, o ministro de relações exteriores, Serghej Lavrov, negou peremptoriamente. Ele frisou: " basta atentar para a aparência do presidente Putin para perceber tratar-se de boato".

Completados 100 dias do início da invasão russa, - "a operação militar especial" transformada em guerra e que Putin achou que seria muito breve e fácil —, correm, como rastílho de pólvora e mundo afora, três informações dos 007 dos EUA obtidas pelo Newsweek.

A mais bombástica refere-se ao câncer e à cirurgia escondida.

A segunda dá conta de um atentado sofrido por Putin, em março passado.

Sobre o frustrado atentado, as três fontes reveladas pelo Newsweek confirmam o contido no boletim produzido e divulgado pela inteligência da Ucrânia. O boletim leva a assinatura de Kyrlo Budanov, chefe da inteligência da Ucrânia.

O terceiro dado secreto vazado fala de um crescente isolamento de Putin, que, pela doença avançada, estaria com o fim próximo.

As fontes da Newsweek são: Direção Nacional de Inteligência dos EUA; inteligência da Aeronáutica norte-americana; Agência de Inteligência da Defesa dos EUA.

Por outro lado e na Europa, especula-se sofre efeitos dos químicos usados no tratamento de Putin, a mudar os seus humores e a gerar desiquilíbrio psicológico.

No mundo real, palpável, são sentidos os efeitos da guerra na Ucrânia. E diplomatas se esforçam para conseguir propostas a colocar fim à guerra.
Pelo que se percebe, Putin não quer conquistar apenas o leste e o litoral, exceção, talvez, a Odessa. Na madrugada, Kiev voltou a ser bombardeada.

Os alimentos já escasseiam, os preços dispararam, os insumos tiveram oferta reduzida. O último pacote da União Europeia, sobre redução de compra de petróleo russo, sufoca não só a Rússia. E o gás russo, para aquecer o inverno europeu ( a estação atual é primaveril), poderá faltar. Na Finlândia, por exemplo, os russos já cortaram o fornecimento de gás.

Ontem, os ucranianos se desesperaram em face dos ataques russos na região separista de Donbas. Fala-se em 600 soldados ucranianos mortos por dia e ter a munição chegado ao fim.

Pano rápido. Os especialistas em geoestratégia e geoeconomia avisam que a guerra precisa chegar ao fim. Os dois lados estão perdendo. Não haveria vencedor. Já os humanistas, — com sensibilidade e razão —, apontam, com amargura, pelo preço alto, em termos de vidas humanas perdidas.