Advogado não participa das defesas de Lula e do autor do ataque a Bolsonaro
Uma montagem que circula pela internet afirma que o advogado criminalista que participa da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também defende Adélio Bispo, autor do ataque contra Jair Bolsonaro durante a campanha.
A montagem une três imagens: uma da última audiência do ex-presidente no dia 14/11, com um homem destacado ao fundo; um retrato de um famoso advogado criminalista, indicando ser o mesmo da audiência; e uma foto de Adélio preso.
“O advogado de Adélio é o mesmo do Lula!”, denuncia um dos usuários do Facebook que compartilhou a foto.
FALSO: Advogado na montagem não representa nem Lula nem Adélio
A montagem mistura uma série de informações falsas. O advogado que aparece na foto não representa Lula nem Adélio.
O homem que aparece na montagem, indicado como representante de ambos, é Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, conhecido advogado criminalista. O profissional negou envolvimento com alguma das defesas.
“De forma maldosa, esses canalhas estão espalhando fake news dizendo que eu sou advogado do presidente Lula, eu nunca fui, e que eu sou advogado deste criminoso que fez esse atentado contra a vida do presidente eleito. Isso é uma canalhice”, declarou Kakay em um vídeo publicado no YouTube na última sexta-feira (16).
Kakay não integra o grupo de advogados que participou das diversas defesas do ex-presidente, tanto no caso do Triplex no Guarujá (SP), no qual Lula foi condenado, quanto no caso do sítio de Atibaia (SP), pelo qual o líder petista ainda responde.
No caso de Adélio Bispo, o nome de Kakay também nunca foi relacionado à sua defesa. Atualmente, ela é composta por quatro advogados: Daniel Magalhães Bastos, Fernando Costa Oliveira, Pedro Augusto de Lima Felipe e Zanone Manuel de Oliveira Júnior.
O advogado afirmou ainda que já estava em sua casa em Trancoso (BA), de onde gravou o vídeo, quando ocorreu a última audiência do ex-presidente Lula sobre o sítio de Atibaia, em Curitiba, no dia 14 de novembro.
O UOL não conseguiu identificar o homem apontado pela mensagem como o advogado, mas, ao ver o vídeo do depoimento, ficam claras as diferenças fisionômicas entre os dois, apesar da semelhança do cabelo.
A reportagem procurou as defesas e não conseguiu identificar nenhum profissional que esteja trabalhando ou tenha trabalhado nos dois casos.
“Então é bom que você não divulgue fake news, isso é uma canalhice”, concluiu Kakay no vídeo.
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