Alta de 52% em taxa extra não significa que conta de luz também subirá 52%
O aumento de 52% no valor da bandeira vermelha patamar 2 a partir de julho não significa que a conta de luz aumentará na mesma proporção, como disseram alguns políticos de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas redes sociais hoje (29).
A tarifa da bandeira vermelha nível dois passará de R$ 6,24 para R$ 9,49 por 100 kWh (quilowatt-hora). Na prática, isso representará um impacto médio de 8,12% na conta final, segundo calculou para a Folha o economista André Braz, responsável pela elaboração dos índices de inflação medidos pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). O aumento deve pressionar a inflação e levá-la para mais longe do teto da meta de 2021.
Políticos de oposição como os deputados federais Marcelo Freixo (PSB-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Alice Portugal (PCdoB-BA), além do ex-senador Lindbergh Farias (PT), hoje vereador no Rio de Janeiro, alegaram incorretamente que a "conta de luz" vai subir 52%.
As bandeiras tarifárias são cobradas na conta de luz dependendo das condições de geração de energia no país. Quando as condições são favoráveis, não há cobrança extra (bandeira verde). Quando há problemas, são cobradas as bandeiras amarela, vermelha ou vermelha patamar 2, a mais alta.
A medida serve para sinalizar ao consumidor a necessidade de economizar eletricidade, dada a escassez de água nos reservatórios nacionais. Em 2018, porém, uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou que as bandeiras não eram efetivas para provocar consumo consciente de energia.
O Brasil passa pela maior crise hídrica em mais de 90 anos, o que reduziu o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Por isso, o país precisa acionar as usinas termelétricas, que produzem energia mais cara. A bandeira vermelha deve ser adotada durante todo o período seco, até o final de setembro.
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