É falso que eleitor do Pará votou também para o 2º turno em 2 de outubro
É falso que um eleitor paraense tenha votado para primeiro e segundo turno em sessão eleitoral no dia 2 de outubro, como diz áudio enganoso que circula nas redes sociais. O material está sendo compartilhado pelo WhatsApp acompanhado da foto com o título de eleitor e os comprovantes dos dois turnos de votação em nome dele.
Em nota, o TRE-PA (Tribunal Regional Eleitoral do Pará) afirmou que o eleitor foi identificado por biometria e, portanto, não há possibilidade de já ter votado no segundo turno. Além disso, o comprovante do 2º turno pode ter sido entregue por erro do mesário, mas não indica que houve voto antecipado.
O UOL Confere aplica o selo falso a conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.
O que diz o áudio. "Ele foi no dia 2 de outubro votar no primeiro turno e aí disseram que ele não precisava votar mais porque já tinha votado também pro dia 30 de outubro. Dá uma olhada, que o ticket [comprovante] é do dia 30 de outubro, ainda nem chegou dia 30. É como se ele tivesse ido lá e tivesse votado. E isso tudo ele descobriu que não está acontecendo só com ele, um monte de gente aí no Pará está nessa situação. Por que? Porque aí dizem aos mais velhos que eles já votaram e ficam em branco lá para depois votarem por eles e colocarem o Lula. É essa roubalheira que estão fazendo. Presta atenção". O áudio é acompanhado por imagem verdadeira que mostra os comprovantes de votação do eleitor do primeiro e do segundo turno de 2022.
Resposta do TRE-PA. O tribunal informa que "o eleitor em referência foi identificado via biometria, portanto não há possibilidade de votação em duplicidade". O texto atribui a entrega do comprovante de votação do 2º turno a um equívoco, por ficarem colados ao do 1º turno no caderno de votação. A Corte reforça que o erro não indica "fraude ou impedimento à votação no 2º turno". O eleitor está liberado para votar no segundo turno.
Desde a adoção das urnas eletrônicas, em 1996, não há comprovação de fraude no sistema eleitoral brasileiro. Neste ano, a maior parte do conteúdo desinformativo checado pelo UOL Confere foi de erros humanos.
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