Foto de homens enchendo baldes em caminhão-pipa circula desde 2016
Uma publicação que circula nas redes sociais usa, como se fosse atual, uma foto antiga em que dois homens enchem baldes com água de um caminhão-pipa.
A imagem circula ao menos desde 2016.
O que diz o post
- "Povo nordestino voltou aos tempos das cavernas", diz a legenda da publicação
- "Jeito Barroso de ser. Uma musica (sic) !!! "CHUVA DE HONESTIDADE". Uma frase !!!! O amor venceu o Ódio", diz o texto que acompanha a publicação, em referência à campanha eleitoral de Lula em 2022.
Por que o post é distorcido?
- Foto tem pelo menos 7 anos. Uma busca reversa no Google mostra que a imagem foi publicada pelo Diário do Nordeste em 6 de agosto de 2016 (aqui). A matéria diz que, na época, 77,7% dos municípios do Ceará eram atendidos por carro-pipa.
- Na época, o Brasil era governado pela ex-presidente Dilma Rousseff. Ela respondia ao processo de impeachment que a afastou da presidência em 31 de agosto.
- O UOL Confere aplica o selo distorcido a conteúdos que usam informações verdadeiras em contexto diferente do original, alterando seu significado de modo a enganar e confundir quem os recebe.
Operação Carro-Pipa
- Iniciada em 2012 (aqui), foi paralisada por falta de verbas em novembro de 2022. A interrupção ocorreu após o segundo turno das eleições (aqui), em que os votos do Nordeste foram decisivos para a derrota do então presidente Jair Bolsonaro (aqui).
- Os trabalhos foram retomados no Ceará em janeiro de 2023, no início do governo Lula.
- O objetivo da operação é complementar a distribuição de água realizada pelas prefeituras nas regiões do semi-árido brasileiro. Em março de 2023, a ação atendeu 338 municípios, 28 no Ceará. A informação é do Portal da Operação Carro-Pipa (aqui)
Viralização. Publicado há 6 dias, o post somava, até a tarde de hoje (28), 1,8 mil compartilhamentos, 249 curtidas e 105 comentários.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
A desinformação também foi checada por Reuters (aqui) e AFP Checamos (aqui).
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