Ginecologista não foi preso por se recusar a atender travesti
É falsa a informação de que um ginecologista foi preso por se recusar a atender uma travesti, como afirma publicação transfóbica que circula nas redes sociais.
O homem que aparece na foto compartilhada foi preso em 2014 por realizar abortos em uma clínica clandestina.
O que diz o post?
Utilizando incorretamente o pronome masculino, o autor da publicação transfóbica diz que atender travesti é uma "aberração";
"Um ginecologista atender um travesti já é uma aberração. Ser preso por não atender é uma maior ainda. Ser algemado é o fim dos tempos. Pergunto: o travesti tem vagina para ser atendido pela especialidade daquele Profissional?", diz o texto na imagem;
A descrição de uma postagem com a mentira no Instagram tem o seguinte texto: "O mudo acabou e nós nem percebemos".
Por que é falso?
Busca reversa revela origem da foto. A imagem foi publicada pelo jornal O Globo em outubro de 2014 (veja aqui);
Aparece na foto o médico Bruno Gomes da Silva, conhecido como "Doutor Aborto";
Ele foi preso no âmbito da Operação Herodes. A investigação desmantelou uma quadrilha especializada em praticar abortos no estado do Rio. Pacientes afirmaram que eram tratadas de forma desrespeitosa. A lei brasileira autoriza o aborto apenas em três casos: gravidez decorrente de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia do feto;
O UOL Confere aplica o selo falso a conteúdos que não têm amparo em fatos e podem ser desmentidos de forma objetiva.
Uma publicação falsa com a mentira, compartilhada no Instagram no último dia 22, registra 4.041 curtidas e 2.063 comentários.
Sugestões de checagem podem ser sugeridas por leitores pelo WhatsApp (11) 97684-6049 e pelo email uolconfere@uol.com.br.
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