Haddad não disse que governo analisa proposta de taxar casas noturnas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não disse que o governo está analisando uma proposta de regulamentação das casas de prostituição para aumentar a arrecadação de impostos, como afirmam posts nas redes sociais.
As desinformações se baseiam no tuíte de um perfil satírico chamado "Estabão", em referência ao jornal O Estado de São Paulo.
O que diz o post
"Segundo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, governo analisa proposta de regulamentar casas noturnas de prostituição. No Brasil há cerca de 15 mil casas clandestinas, com isso, o lucro para o governo através de taxações poderia ser de até R$2 bilhões ao ano", diz o tuíte.
Abaixo da postagem há duas imagens, uma do corpo de uma mulher escorado em uma parede e outra do rosto de Haddad falando em um microfone.
Compartilhamentos da sátira incluem os comentários sobre o print da publicação: "Os caras não aliviam nem para as mães deles, imagina para você", "Nem as primas estão livres…" e "Fui ver no Google e é verdade mesmo! Rsrsrs acho que está muito desesperado".
Por que o post é falso
Post foi publicado em página satírica. A página "Estabão", que compartilhou a informação, se define como "Perfil Paródia! Nada aqui é real. Piadas, memes e sátiras" (aqui).
Outros perfis passaram a compartilhar prints desse perfil como se fossem de um canal verdadeiro de notícias.
O Ministério da Fazenda negou o rumor. Em nota enviada ao UOL Confere, o Ministério disse que não há e nunca houve qualquer previsão de regulamentação sobre o tema.
Haddad não compartilhou nada sobre a suposta decisão. A reportagem procurou algo sobre a taxação no Facebook, Instagram e Twitter do ministro, mas não encontrou nenhum resultado.
Última menção do ministro a R$ 2 bilhões foi em 1º março, quando defendeu ao UOL a proposta de regulamentação das apostas esportivas (aqui).
Viralização. Compartilhada em 2 de junho no Twitter, o post já soma 709 mil visualizações, 524 retuítes, 726 comentários e 3,7 mil curtidas.
O conteúdo também foi desmentido pelo Aos Fatos e Boatos.org.
Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.
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