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Bebê é abandonado em caixa de sapatos em Maceió; dezenas de casais já tentam adoção

Recém-nascida abandonada em caixa de sapatos em Maceió recebe nome de "Clara" - Assessoria de imprensa da maternidade Santa Mônica
Recém-nascida abandonada em caixa de sapatos em Maceió recebe nome de "Clara" Imagem: Assessoria de imprensa da maternidade Santa Mônica

Carlos Madeiro<br>Especial para o UOL Notícias<br>Em Maceió

21/03/2011 13h21

A Polícia Militar de Alagoas encontrou, no início da manhã desta segunda-feira (21), um bebê recém-nascido dentro de uma caixa de sapatos, no bairro do Prado, na periferia de Maceió. A menina foi levada para a maternidade Santa Mônica, onde recebeu o nome de “Clara” e passa bem.

Segundo a Polícia Militar, o bebê foi encontrado por moradores do bairro e estava na calçada. Populares ligaram e fizeram a denúncia, e a recém-nascida foi recolhida. Ninguém na região soube informar o paradeiro da mãe. A Polícia Civil investiga o caso.

De acordo com a maternidade onde a menor está internada, a menina foi abandonada logo após o seu nascimento e ainda estava com o cordão umbilical preso ao corpo. Segundo a maternidade, o bebê pesa 2,84 quilos e apresenta bom estado de saúde.

Ainda segundo a maternidade, o bebê passou por uma avaliação médica e espera agora o resultado de exames complementares para receber alta. Após os procedimentos, a menina será entregue ao Conselho Tutelar.

Segundo a Conselheira Tutelar da região dois de Maceió, Sheila Rocha, o bebê deve passar de um a quatro dias internado na maternidade Santa Mônica e, posteriormente, será encaminhado a uma instituição onde deve esperar pela ordem de adoção.

“Não temos nenhuma informação da mãe, que está comprovado que a abandonou. Se ela aparecer, com certeza será presa por abandono de incapaz. Vamos encaminhar um relatório ao Juizado da Infância, que vai definir a adoção”, informou.

Segundo ela, comovidos com a repercussão do fato no Estado, dezenas de pessoas já ligaram interessados na adoção de “Clara”. “O interesse é muito grande, mas existe uma lista de espera, e – antes disso - o juiz espera aparecer alguém da família, exceto a mãe. Primeiramente se espera o pai ou os avós. Caso não apareçam, após um mês, a criança é encaminhada para a adoção, dando prioridade aos casais já inscritos a Justiça”, disse Rocha.