Bola nega envolvimento em plano para matar juíza, mas passará por acareação
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de ser o assassino de Eliza Samudio, negou na tarde desta quinta-feira (22) à Polícia Civil mineira ter elaborado o suposto plano para matar a juíza Marixa Lopes Fabiane Rodrigues e o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações de Minas Gerais. Ambos são ligados ao caso Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Souza que está desaparecida desde junho de 2010.
A magistrada pronunciou, em dezembro do ano passado, o goleiro e mais sete réus a júri popular, ainda sem data marcada. Já o delegado foi o responsável pelo inquérito sobre o caso.
De acordo com o delegado Islande Batista, foi definida que haverá uma acareação entre o ex-policial e o detento que fez as acusações sobre o suposto plano contra ele e o goleiro Bruno. Ainda não há uma data definida para a confrontação entre os dois, mas Batista afirmou que esse procedimento será feito “em breve”.
O autor das denúncias conviveu com Bola no mesmo pavilhão na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG). Anteriormente, a polícia havia afirmado que eles dividiam uma cela, mas a informação foi corrigida.
Bola teria afirmado que desconhecia as razões pelas quais o preso fez as acusações, afirmou o delegado.
A polícia afirma que a dentista carioca Ingrid de Oliveira, noiva do goleiro, foi apontada como a pessoa responsável por contatar o traficante Nem da Rocinha, preso em novembro deste ano no Rio de Janeiro –a quem seriam encomendadas as mortes da magistrada e do delegado. A mulher foi ouvida na manhã de hoje e também negou as acusações. O goleiro e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, depuseram nesta semana no mesmo local e disseram não ter participado do suposto plano.
Também fariam parte da suposta lista o deputado estadual Durval Ângelo (PT), o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e os advogados José Arteiro, assistente de acusação e representante da mãe de Eliza, e o ex-defensor do goleiro Ércio Quaresma, que atualmente integra a defesa do próprio ex-policial, informou a polícia.
O traficante Nem deve ser ouvido por meio de carta precatória. Atualmente ele está preso em uma penitenciária federal do Mato Grosso do Sul. Também devem ser ouvidos presos que estiveram confinados no mesmo pavilhão da Nelson Hungria durante o período em que Bola e o autor das acusações permaneceram no local.
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