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Empresários são presos no Paraná suspeitos de fraudar licitação de uniforme escolar

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

28/08/2012 11h26

Três empresários foram presos na manhã desta terça-feira (28) nas cidades de Londrina e Apucarana, no norte do Paraná, em uma investigação sobre fraudes em duas licitações licitação para compra de uniformes escolares à Prefeitura de Londrina. Ao todo, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriu 17 mandados de busca e apreensão nas duas cidades.

Segundo o coordenador do Gaeco em Londrina, promotor Claudio Esteves, os presos são suspeitos de terem recebido ajuda de agentes públicos para vencer as licitações em que os uniformes foram adquiridos, neste ano e em 2010. São investigados os crimes de crimes de formação de quadrilha, fraude e peculato.

Conformes Esteves, uma das suspeitas do Gaeco é que os empresários sejam proprietários de uma série de empresas de fachada que seriam criadas com o fim de burlar licitações públicas, “concorrendo” entre si. O suposto esquema seria  mantido graças à colaboração de agentes públicos, suspeitos de recebimento de propina por parte do trio.

“A Prefeitura de Londrina comprou os uniformes em duas oportunidades; investigamos se houve fraude, desvio de recursos públicos e eventual de pagamento de propina para favorecer agentes públicos”, disse o promotor ao UOL.

O Gaeco ainda não tem uma estimativa de quanto o suposto esquema teria movimentado, nem contabilizou as apreensões feitas hoje. Os empresários vão prestar depoimento ao delegado do Gaeco, Alan Flore, que chefia o inquérito.

Dois empresários foram presos em Londrina --um na própria residência, e um no aeroporto, quando tentava embarcar. O terceiro foi preso em Apucarana. As prisões foram decretadas pelo juízo da 3ª Vara Criminal de Londrina.

A compra dos uniformes foi alvo de investigação também da Câmara Municipal, que, mês passado, cassou o prefeito Homero Barbosa Neto (PDT) em função do uso de seguranças pagos pelo município em uma rádio de sua família. Apesar da cassação e das investigações em curso contra o pedetista, no MP, a Justiça deferiu o registro de candidatura dele, que tenta a reeleição.