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Jovem atropelada em Congonhas é transferida para Piracicaba (SP) e passará por cirurgia

Do UOL, em São Paulo

11/12/2012 17h03

Camila Ariele Turolla Carvalho, 27, que foi atropelada na calçada do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, no último sábado (8), foi transferida na madrugada desta terça-feira (11) para a Santa Casa de Piracicaba (160 km de SP), onde mora. A mãe dela, Clarice da Costa, 56, morreu no acidente.

A assessoria de imprensa da Santa Casa informou que Camila deu entrada no hospital por volta das 4h e já passou por avaliação médica. A paciente, que teve fraturas nas duas pernas e nas costelas, passará por uma cirurgia entre hoje e amanhã e, por isso, não há previsão de alta.

A Santa Casa informou, contudo, que o estado de saúde de Camila é estável. Ela está consciente, mas muito abalada com a morte da mãe.

Mãe e filha foram atropeladas por volta das 5h30 por Wagner Alves Alvarenga, 23, que invadiu a calçada do aeroporto em alta velocidade. A família iria de férias para Florianópolis (SC). As duas foram levadas para o hospital Saboya, no Jabaquara (zona sul), mas Clarice não resistiu aos ferimentos e morreu. O corpo de Clarice foi enterrado no domingo, em Piracicaba.

Em entrevista na tarde desta terça-feira, Alvarenga disse que está “vivendo à base de remédios”.

"Não sai de casa para matar ninguém. Bebi um pouco, sofri um mal súbito e apaguei", disse Alvarenga após assinar termo de comparecimento no Fórum da Barra Funda. Ele, que estava detido desde o acidente, foi solto ontem após pagar fiança de R$ 12.440. De acordo com Hednilson Fitipaldi, advogado de Alvarenga, o valor obtido com a ajuda de amigos e familiares.

Em liberdade provisória, Alvarenga deverá responder por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e por tentativa de homicídio.

Em depoimento à polícia, o motorista contou que, antes do acidente, havia participado de uma festa de confraternização da empresa na qual trabalha. Ainda segundo a polícia, ele fez o teste do bafômetro, que indicou 0,28 mg de álcool por litro de ar expelido.

Pela lei, se a quantidade de álcool for de 0,11 mg até 0,33 mg por litro de ar expelido, o motorista não responde criminalmente, mas é multado, perde o direito de dirigir por 12 meses e tem a carteira de habilitação retida. Acima de 0,34 mg, o motorista responde por crime de trânsito e pode ser preso.

"Acabei com o final de ano deles e com o da minha família",