Polícia de SP recebe esta semana análise de digitais encontradas no consultório de dentista queimado
A Polícia Civil em São José dos Campos (a 97 km de São Paulo) deve receber ainda esta semana o resultado da perícia de digitais encontradas no consultório do dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41, morto na noite dessa segunda (3) após ter a maior parte do corpo queimado em uma suposta tentativa de assalto. O crime ocorreu na noite do último dia 27 no consultório da vítima, na zona leste da cidade, e ainda não teve nenhum suspeito identificado.
De acordo com o chefe da Delegacia Seccional de São José dos Campos, Leon Nascimento Ribeiro, a polícia determinou prioridade na investigação do caso –o segundo, do tipo, em pouco mais de um mês. Em 25 de abril, o ataque sofrido por quatro criminosos também no consultório, mas em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), deixou morta a dentista Cynthia Magali. Gaddy será enterrado hoje, às 16h, no cemitério do Morumbi, zona oeste de São Paulo. Ele deixa mulher e dois filhos pequenos.
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“Os fragmentos de digitais colhidas durante o último feriado em aparelhos do consultório foram enviados para análise em caráter de urgência ao Instituto de Identificação Ricardo Glumberton Daunt (IIRGD). O objetivo é podermos comparar esse material com digitais do dentista e da secretária dele, por exemplo”, disse o delegado.
Segundo Ribeiro, a próxima testemunha a ser ouvida será a mãe do dentista. “Mas respeitaremos o luto da família”, ressalvou.
Até agora, já foram ouvidos dois policiais militares que atenderam a ocorrência, a secretária do consultório, a mulher e a ex-mulher de Gaddy e dois vizinhos –uma enfermeira e um auxiliar de oficina –que prestaram os primeiros auxílios ao dentista ao ouvirem gritos de socorro. Uma secretária em licença maternidade há cerca de um mês também será chamada a depor.
Hoje, o delegado seccional informou que um isqueiro e uma garrafa de álcool diferente do usado em tratamento odontológico, encontrados no consultório de Gaddy durante a perícia, pertenciam ao dentista.
Na terça (28), o chefe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Osmar Oliveira, cogitara que o isqueiro e o álcool pudessem ter sido esquecidos no local pelos suspeitos
“Eram do Alexandre, segundo depoimento da secretária dele. Não temos imagens de suspeitos entrando ou saindo da clínica, nem vizinhos viram essas pessoas, mas estamos buscando. Enquanto isso, todas as hipóteses são investigadas”, concluiu o delegado seccional.
Além dos equipamentos com as digitais, também passa por perícia o celular da vítima a fim de que ligações recentes sejam rastreadas. Em depoimento, a vizinha que socorreu Gaddy disse ter ouvido dele, enquanto agonizava, que os criminosos o atacaram quando ele sacou o celular do bolso. Nenhum objeto do consultório foi levado na ação investigada.
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