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PM revista mochilas de manifestantes na frente da casa de Sérgio Cabral

Manifestantes em frente à casa do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB); a PM passou a revistar mochilas de manifestantes - Gustavo Maia/UOL
Manifestantes em frente à casa do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB); a PM passou a revistar mochilas de manifestantes Imagem: Gustavo Maia/UOL

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

25/07/2013 18h54

A PM (Polícia Militar) do Rio passou a revistar mochilas de manifestantes atrás de coquetéis molotov depois que um policial foi ferido por esse tipo de artefato na segunda-feira (22) em um confronto durante um protesto. O novo procedimento foi adotado nesta quinta-feira (25), em um protesto que começou às 16h e reúne cerca de 300 pessoas, na frente da casa do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, na zona sul.

Policiais dão choque em manifestante já imobilizado no Rio

A ação da PM ocorre três dias depois de um confronto com manifestantes próximo ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, em Laranjeiras, no dia da chegada do papa Francisco ao Brasil. Na segunda, o ataque ao PM deu início a um confronto entre policiais e manifestantes. Sete pessoas foram presas na ocasião.

Com uma delas, Bruno Teles, 25, a polícia diz ter encontrado coquetéis molotov e que ele teria atirado o artefato contra o policial. O PM que o prendeu disse, em documento que consta no inquérito sobre o caso, que não encontrou artefatos com ele. Nesta quinta, a Polícia Civil voltou a divulgar que Teles foi o autor do ataque.

De acordo com o tenente-coronel Mauro Andrade, que comanda a tropa no protesto na frente da casa do governador, os policiais foram orientados ainda a atuar mais próximos dos manifestantes.

"Houve um estudo de casos e percebemos que é difícil evitar crimes nas manifestações da forma como estávamos atuando. Vamos preencher uma lacuna na prevenção de delitos com om amparo da lei, revistando mochilas e checando se o manifestantes estão portando armas. Até agora, nenhum artefato foi aprendido."

Segundo o tenente-coronel, na manifestação desta quarta-feira foram deslocados cinco grupos de 20 policiais que, inclusive, circulam entre os manifestantes. Algumas pessoas que estão no protesto gritam "você aí infiltrado, fardado também é explorado".

De acordo com o tenente-coronel, a nova estratégia para evitar confrontos ocorreu porque "ninguém estava preparado para um movimento deste tipo [protestos]".

Dois caveirões, carros blindados do Batalhão de Choque da PM, estão na rua Aristides Espínola na frente do prédio de Cabral.