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Operário soterrado que orientou bombeiros por celular em SP é resgatado

Do UOL, em São Paulo

27/08/2013 11h07Atualizada em 27/08/2013 16h20

Uma das cerca de dez vítimas soterradas no desabamento de um prédio em construção no bairro de São Mateus, zona leste de São Paulo, na manhã desta terça-feira (27), ajudou o trabalho do Corpo de Bombeiros através de um celular. O rapaz, de 24 anos, foi resgatado às 11h25 com ferimentos nas pernas, que chegaram a ficar presas nos escombros.

Até agora, seis pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas no desabamento, ocorrido às 8h35 na avenida Mateo Bei. A estimativa do Corpo de Bombeiros é que 35 pessoas estivessem no local no momento do acidente.

O prédio que desabou por completo, do tipo comercial, estava em construção na avenida Mateo Bei, na altura do número 2600. Mais de 20 veículos dos bombeiros e 60 homens estão no local, além de dois cães farejadores e dois helicópteros da Polícia Militar.

O porta-voz dos bombeiros, capitão Marcos Palumbo, informou que um posto médico avançado foi montado no local para atender as vítimas que forem localizadas e resgatadas. As causas do desabamento, segundo ele, serão periciadas.

Construção que desabou fica na zona leste de SP

"Mas há indícios de que alguma coisa não andou bem durante essa obra", disse, referindo-se às informações preliminares, coletadas no local, de que o prédio estava em obras havia cerca de três meses.

Defesa Civil vistoria imóveis vizinhos

Equipes da Defesa Civil municipal também estão no local para vistoriar casas e estabelecimentos que tenham sofrido eventual impacto com o desabamento. Quatro casas vizinhas foram interditadas diante de risco de novas quedas.

Empresa se exime de responsabilidade sobre desabamento

Segundo a Polícia Militar, no local do desabamento já funcionou um posto de combustíveis, mas, atualmente, era construída uma loja de confecções. No local, as informações de manhã eram as de que o estabelecimento pertencia à rede Torra Torra.

Major do corpo de bombeiros fala sobre desabamento em SP

Em nota, a assessoria de imprensa da rede informou que o imóvel não era de propriedade da rede."Havia um contrato de locação do prédio pelo Torra Torra, no entanto a rede somente assumiria finalizadas as obras estruturais, pelo proprietário. Dessa forma, o Magazine Torra Torra não tem nenhuma responsabilidade sobre a parte de engenharia civil. No momento, uma empresa de engenharia contratada pelo Magazine Torra Torra realizava uma avaliação sobre as condições de uso do prédio", diz trecho da nota.

"Caso esse laudo técnico fosse positivo, atestando a segurança estrutural, a rede então faria o acabamento para abrigar mais uma unidade. Ressalte-se que o Torra Torra somente entraria com a loja no local, com esse aval técnico. Este é um cuidado que o Magazine Torra Torra toma em todas as lojas da rede, devidamente avaliadas quanto à segurança estrutural, de acordo com engenheiros, para receber nossos empreendimentos", completa a nota.