Empresa suspeita de cartel é culpada por falha no metrô, diz sindicato
O presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior, culpou a MTTrens, consórcio responsável pela modernização dos trens da frota K da linha 3-vermelha do metrô, pelo defeito que provocou caos na via na noite de ontem (4). O contrato com a companhia foi suspenso pelo Metrô no início do mês após suspeita de formação de cartel.
De acordo com Prazeres, “a modernização incluiu também o sistema das portas, que foi o que desencadeou a confusão na noite de ontem”.
Segundo o sindicalista, o número de problemas na linha aumentou "muito" desde a reforma nas composições. “Apenas o trem K 07 [onde ocorreu a falha] apresentou 300 defeitos entre outubro e novembro de 2013. Costumamos brincar dizendo que nenhum condutor quer andar na linha K, porque é garantia de problemas".
O Metrô informou que ainda apura as causas do defeito na porta da composição.
O presidente da T-Trans (uma das empresas que integram o consórcio), Massimo Giavina, afirmou que “o trem que apresentou problema na porta não foi reformado pela MTTrens", mas que os trens vandalizados posteriormente sim.
“Quanto ao aumento do número de falhas apontado pelo sindicato, é um exagero. São falhas secundárias, que não dizem respeito à segurança”, disse.
Pane
A linha 3-vermelha ficou parcialmente interditada durante cerca de cinco horas ontem. Estações foram fechadas, passageiros desceram para os trilhos e caminharam nos túneis, outros passaram mal e precisaram ser socorridos. Vagões foram depredados e seguranças, agredidos.
O problema começou perto das 18h20, com a falha na porta de um trem na estação Sé, levando as composições a trafegar com velocidade reduzida e parar. Usuários em sete trens acionaram os botões de emergência e desceram na via entre as estações Marechal Deodoro e Santa Cecília.
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