Famílias querem apoio do Exército em buscas de avião que sumiu no PA
Familiares dos passageiros de uma aeronave que desapareceu no Pará no dia 18 de março pretendem pedir ao Ministério da Defesa que libere a participação do Exército nos esforços de buscas por terra. O bimotor PR-LMN ia se Itautuba a Jacareacanga, na sudoeste paraense, quando desapareceu.
Acompanhados de cinco vereadores do município de Itaituba, cinco representantes das famílias partiram na tarde desta segunda-feira em direção a Brasília. Eles têm encontro com o ministro Celso Amorim para pedir a liberação de pelo menos 200 soldados do Exército para auxiliar nas operações.
A Força Aérea Brasileira (FAB) continua as buscas pela aeronave com o SC-105 Amazonas do Esquadrão Pelicano e o helicóptero H-60 Black Hawk do Esquadrão Harpia. A aeronave de patrulha P-3AM Orion do Esquadrão Orungan (1º/7º GAV), que possui sensores capazes de identificar partes metálicas na mata fechada da região, atuou no dia 24 de março nas buscas.
Segundo o Salvaero da Região Amazônica, unidade da Aeronáutica que coordena as buscas no norte do país, no total, já foram contabilizadas 198 horas de voo e mais de 23.726,26 km² de espaço sobrevoado.
“Apenas sobrevoar a área já se mostrou ineficiente. Precisamos garantir o maior número de pessoas por terra”, disse Rubélio Santos, tio da técnica de enfermagem Rayline Sabrina Brito Campos, que estava no avião -- e que, no dia do desaparecimento, chegou a enviar mensagem do celular em que relatava pane no avião.
Ele afirma que voluntários de pelo menos três municípios estão na mata fechada ajudando nas buscas. “Temos índios que fazem a varredura na área, além da população de Itaituba, Jacareacanga, Fordlândia e Santarém que têm ajudado muito. O trabalho também conta 14 militares do Exército e seis bombeiros” argumentou o tio da moça.
Os passageiros da aeronave são funcionários da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e seguiam para Jacareacanga, onde realizariam atendimentos aos indígenas.
A Jotan Táxi Aéreo, empresa responsável pela aeronave, ainda não se pronunciou sobre o caso e informou que só dará declarações depois que ela for encontrada.
Além de Rayline, estavam a bordo as técnicas de enfermagem Luciney Aguiar de Sousa e Raimunda Lúcia da Silva Costa, o motorista Ari Lima e o piloto Luiz Feltrin. Os profissionais substituiriam as equipes que já prestavam atendimento nas aldeias da etnia Mundurucu.
Tragédia
No final ano passado um avião bimotor caiu e matou cinco pessoas no município de Novo Progresso, também na região sudoeste do Pará. O piloto, o copiloto e três índios kayapó que estavam no avião morreram.
Segundo informações da Casa de Saúde Indígena (Casai) de Novo Progresso, o avião caiu logo após a decolagem. O avião bimotor, que pertencia à empresa Heringer Táxi Aéreo, saiu da aldeia Pukanu com destino a Novo Progresso, onde os indígenas receberiam atendimento médico.
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