Sobe para sete o número de presos mortos na penitenciária de Pedrinhas
Subiu para sete o número de presos mortos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, neste ano. André Valber Mendes, 26, foi encontrado na noite dessa segunda-feira (14) enforcado no Centro de Detenção Provisória (CDP). Esta foi a terceira morte no complexo em apenas três dias.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária, o preso Wesley de Sousa Pereira também foi encontrado morto no domingo (13) com sinais de enforcamento. No sábado (12), João Altair Oliveira foi achado na Central de Custódia de Presos de Justiça com perfurações pelo corpo.
As outras mortes registradas no complexo este ano foram de Pedro Viegas, estrangulado no interior de uma cela; Sildener Pinheiro Martins, que teve o corpo encontrado em uma cela do Centro de Detenção Provisória; Josivaldo Pinheiro Lindoso, que estava no Centro de Triagem, para onde tinha sido levado apenas dois dias antes, quando foi detido, e apresentava indícios de estrangulamento; e Jô de Souza Nojosa, que cumpria pena no Central de Custódia de Presos de Justiça, também estrangulado.
Todas as mortes são investigadas pela secretaria e pela polícia. O complexo de Pedrinhas está com a segurança reforçada desde dezembro, com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, do governo federal, e da Polícia Militar. O sistema prisional maranhense está em estado de emergência após a morte de ao menos 60 presos no ano passado --em alguns casos houve decapitações. Há também constantes denúncias de presos de violações de direitos humanos.
Duas facções criminosas dominam o complexo de Pedrinhas. No final do ano passado, após a intervenção do governo federal, os líderes das facções deram ordens para ataques fora do presídio. Em um deles, bandidos queimaram um ônibus e uma criança morreu.
Em relatório do ano passado, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) concluiu que o governo tem sido incapaz de coibir a violência. O documento cita a superlotação de Pedrinhas (com 1.700 vagas, abriga 2.200) e relata casos de estupros de mulheres que entram no presídio para visitas íntimas.
No Estado, o número de mortes dentro de cadeias chega a 11 neste ano, sendo que uma delas ocorreu em um hospital, dois dias após o preso ser espancado por colegas de cela. (Com informações da Agência Brasil)
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