Mãe de Bernardo teria se matado antes de assinar divórcio milionário
Uma herança milionária relativa à separação dos pais do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11, encontrado morto em Frederico Westphalen (434 km de Porto Alegre), é investigada pela polícia como prova de uma possível motivação financeira para o assassinato do jovem.
A polícia diz que que a madrasta dele, a enfermeira Graciele Ugolini, 32, assassinou o garoto com uma dose letal de analgésico e se livrou do corpo enterrando-o às margens de um rio em Frederico Westphalen, onde a família morava. Graciele teria sido ajudada pela amiga e assistente social Edelvânia Wirganovicz.
Graciele, Edelvânia e Leandro Boldrini, pai do menino, estão presos.
Vinda de uma família rica em Santa Maria (293 km de Porto Alegre), Odilaine Uglione Boldrini, a mãe do menino, teria casado com Leandro, pai do garoto, em comunhão de bens. O casal se separou -- mas Odilaine morreu 72 horas antes do momento de assinar o divórcio, em 2010, em um acordo em que deveria receber R$ 1,5 milhão e uma pensão mensal de R$ 10 mil mensais.
Segundo a polícia informou à época, ela cometeu suicídio com um tiro na boca dentro do consultório do marido.
Ainda neste mês, o inventário da mãe de Bernardo deve ser concluído. Marlon Adriano Taborda, advogado da família materna de Bernardo, informou à polícia que o menino teria direito a parte dos bens da mãe. Quando o pai, Leandro, morresse, a parte do seu patrimônio também.
Sobre o papel de Leandro no crime, segundo a polícia, ele tentou prejudicar as investigações e inocentar a atual mulher. A um primo advogado, ele disse nesta quarta-feira (16), que "não quer nenhuma vinculação com a mulher presa e a amiga dela".
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