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Rodoviários do RJ iniciam paralisação; trens operam com capacidade máxima

Do UOL, no Rio

28/05/2014 02h00Atualizada em 28/05/2014 09h30

Os motoristas e cobradores de ônibus do Rio de Janeiro e dos municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Niterói, na região metropolitana, começaram nova paralisação nas cidades, às 0h desta quarta-feira (28). A prefeitura da capital fluminense informou que a Polícia Militar estará na saída de garagens, nas estações do BRT Transoeste e nos terminais de ônibus para dar segurança àqueles que optarem por não aderir à paralisação. Há alguns ônibus circulando pelos pontos, embora sejam poucos.

Segundo a SuperVia, é normal o funcionamento dos trens em todos os ramais nesta manhã, com o esquema especial para atender à população operando desde as 4h30. Na noite de terça (27), o Executivo divulgou um plano de contingência para o transporte público da cidade. Metrô, trens e barcas vão operar com capacidade máxima durante a manhã. Agentes da Guarda Municipal e controladores de trânsito reforçarão a operação nas ruas.

A decisão sobre uma nova paralisação foi tomada em assembleia realizada na noite de terça, quando cerca de 150 rodoviários se reuniram na Candelária para votar sobre o movimento. A previsão é de 24 horas de paralisação.

O sindicato que representa as empresas de ônibus no Rio de Janeiro, Rio Ônibus, foi contra a paralisação e informou em nota que pediria para a Justiça decretar a abusividade e a suspensão imediata da paralisação dos rodoviários.

"O Rio Ônibus considera uma afronta à Justiça e à sociedade a proposta de uma nova paralisação organizada por um grupo dissidente de 150 rodoviários, que, desrespeitando decisões judiciais e recorrendo à violência, poderá novamente interromper um serviço essencial à população, causando grandes prejuízos à cidade do Rio de Janeiro", disse a nota.

Transporte público

O intervalo reduzido entre as composições, nos trens, foi antecipado em 1h30, para começar 4h30. Haverá reforço na operação dos trens que saem de Bangu, Campo Grande, Deodoro e Madureira. O horário de início da circulação dos trens é às 4h.

No metrô, a operação para reduzir o intervalo entre as composições foi antecipada em 1 hora e passou para as 5h30. As mudanças para a tarde nos trens e metrôs serão feitas de acordo com a quantidade de passageiros. O horário inicial de circulação do metrô é às 5h.

As modificações afetaram também as barcas. O intervalo entre as embarcações foram reduzidos a partir das 6h30, com partidas de Cocotá. O horário foi antecipado em 30 minutos. Houve ainda um aumento da oferta de lugares, com partidas simultâneas e embarcações de maior capacidade.

Paralisação

Os rodoviários decidiram parar pela terceira vez em menos de um mês após audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), na qual não entraram em acordo com as empresas de ônibus. Eles reivindicam aumento salarial de 40% (e não os 10% acordados entre o sindicato da categoria e as empresas de ônibus), o fim da dupla função e reajuste no valor da cesta básica –de R$ 150 para R$ 400.

Em comunicado ainda antes da decisão, o Sintraturb Rio (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro) se posicionou contra o movimento, que ocorre à revelia dos líderes sindicais. De acordo com o documento, a movimentação "mostra somente o desespero e a falta de sensibilidade dos dissidentes que tiveram sua proposta de 40% de reajuste rejeitada".

"Em nenhum momento o Sintraturb foi procurado pelos líderes do movimento para encaminhar a reabertura da negociação junto aos empresários do setor, nem com a inclusão de novas propostas", afirmou o vice-presidente do sindicato, Sebastião José.

Nas últimas paralisações de rodoviários no Rio, além de transtornos para os passageiros, que ficaram sem ter como se deslocar principalmente da zona oeste para o centro da cidade, e centenas de ônibus foram depredados.