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Suspeito de esquartejar zelador em SP tem prisão prorrogada

Do UOL, em São Paulo

24/06/2014 11h42Atualizada em 24/06/2014 17h31

A Justiça de São Paulo determinou a extensão por mais 30 dias da prisão temporária do publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, 47, que confessou participação na morte do zelador Jezi de Souza, 63, no bairro da Casa Verde, na zona norte de São Paulo.

O pedido de prorrogação foi feito pela Polícia Civil, que investiga o caso. O publicitário está preso desde o dia 2, quando foi flagrado na casa da família na Praia Grande, no litoral paulista, queimando as vísceras do corpo do zelador.

Souza morreu no dia 30 de maio no prédio em que trabalhava. O publicitário disse que o zelador morreu acidentalmente ao bater a cabeça em um batente após uma discussão entre os dois no hall de entrada do apartamento do casal.

Martins usou um serrote para esquartejar a vítima e levou o corpo até Praia Grande.

A mulher do publicitário, a advogada Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins, 42, também está presa temporariamente. A polícia suspeita que ela ajudou o marido a transportar o corpo da vítima. A advogada se diz inocente.

O delegado Egídio Cobo, do 13º Distrito Policial, na Casa Verde, deve realizar nesta terça-feira (24) uma acareação entre os dois suspeitos para ajudar a esclarecer questões a respeito do crime e divergências encontradas nos depoimentos do casal.

A polícia já realizou duas reconstituições do caso: uma no apartamento do casal, em São Paulo, e outra na casa da família, em Praia Grande.

Imagens do circuito interno do edifício registraram os últimos momentos em vida do zelador. Ele aparece no elevador preparando-se para entregar correspondências nos apartamentos.

Segundo relatos do próprio publicitário e da família do zelador, os dois discutiam com frequência por motivos banais, como a entrega de jornais e vagas na garagem do prédio.

O zelador havia registrado no livro interno de ocorrências do condomínio um relato de ameaça feita pelo publicitário.

Eduardo Martins e Ieda Crisina também são suspeitos de participação na morte do empresário José Jair Farias, ex-marido da advogada, no Rio de Janeiro, em 2005.