Na véspera da final da Copa, 19 suspeitos de vandalismo são presos no Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu 19 pessoas suspeitas de envolvimento em atos de vandalismo durante manifestações ocorridas desde junho do ano passado. Em ações realizadas na manhã deste sábado (12), foram apreendidos máscaras, explosivos e arma de fogo.
Dois menores foram apreendidos, nove pessoas são consideradas foragidas e todos serão indiciados por formação de quadrilha.
Entre os presos, há advogados e professores. Um professor de História, cujo nome não foi divulgado, foi detido em casa, na Urca, zona sul carioca. No imóvel, a polícia encontrou uma máscara de proteção contra gás lacrimogêneo.
Em Porto Alegre, a polícia prendeu hoje cedo, na casa do namorado, a ativista Elisa Quadros Sanzi, a Sininho, que deve embarcar no final da tarde no Aeroporto Salgado Filho com destino ao Rio, escoltada por policiais civis fluminenses. Segundo a Globo News, os mandados de prisão são temporários e tem duração de cinco dias.
As prisões acontecem um dia antes da final da Copa do Mundo, entre Alemanha e Argentina, marcada para acontecer no Maracanã às 16h.
Os mandados de prisão foram expedidos pela 27ª Vara Criminal, e os detidos foram levados à Cidade da Polícia, no Jacaré, zona norte do Rio, segundo informações do jornal O Globo.
Neste domingo (13), há dois atos contra a Copa programados pelas redes sociais no Rio. A concentração do ato organizado pelo Comitê Popular da Copa será às 10h, na Praça Afonso Pena, na Tijuca, zona norte da capital fluminense. O comitê tem ido às ruas desde antes do início da Copa. Entre as reivindicações do grupo, estão o fim dos despejos e remoções forçadas, a desmilitarização das polícias e democratização dos meios de comunicação.
Também no Rio de Janeiro, a Frente Independente Popular convoca, pelo Facebook, a Grande Manifestação Fifa Go Home! Não vai ter final!, com concentração às 13h, na Praça Saens Peña, também na Tijuca. O ato será contra os gastos públicos com a Copa, as remoções, a opressão de gênero e raça e segregação nos estádios. Na mesma hora e local, a Associação de Defesa da Favela Chapéu Mangueira se juntará ao protesto, com o slogan A Festa Nos Estádios Não Vale as Lágrimas Nas Favelas, contra a opressão histórica nas comunidades faveladas.
Em junho, um dia antes do jogo de abertura do Mundial, dez ativistas que eram presença frequente em manifestações, entre eles Sininho, tiveram seus computadores e celulares apreendidos e foram levados à delegacia para depor. Eles ficaram detidos durante todo o dia e foram liberados, mas os materiais continuaram apreendidos.
Sininho foi indiciada no processo da Polícia Civil do Rio que investiga "pessoas por participação direta ou indireta em prática de atos violentos durante protestos". Com Agência Brasil.
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