Em 24 horas, RN registra dez rebeliões em cadeias
Mais três rebeliões foram registradas no Rio Grande do Norte, no fim da tarde desta terça-feira (17). Presos das cadeias públicas de Caraúbas, região oeste do Estado, e de Nova Cruz, região agreste, se amotinaram e estão nos pátios das unidades prisionais. Menores de idade infratores do Ceduc (Centro Educacional) de Caicó, região do Seridó, também se rebelaram. Em 24 horas, dez unidades prisionais do Rio Grande do Norte registraram motins.
Além das três unidades que tiveram rebeliões nesta noite, houve levantes durante a tarde na penitenciária estadual Agrícola Mário Negócio, em Mossoró (região oeste), penitenciária estadual do Seridó Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, localizada em Caicó (região oeste), e no CDP São Paulo do Potengi (78 km de Natal).
Em Caraúbas, presos do pavilhão A se recusaram a entrar nas celas após o término do banho de sol no fim da tarde e estão no pátio.
Segundo um agente penitenciário que está no local, os presos exigem a presença da imprensa de Mossoró (70 km de Caraúbas) para entregar uma carta de reivindicações.
No Ceduc de Caicó, adolescentes atearam fogo em colchões. Dois educadores sociais são mantidos como reféns, segundo a PM. Adolescentes haviam prendido outros dois monitores, mas acabaram liberando-os às 20h40.
De acordo com o coronel da PM Romualdo Borges, o clima é tenso e eles negociam a liberação dos outros dois monitores. O local custodia 25 adolescentes infratores.
A Sesed (Secretaria do Estado de Segurança Pública e Defesa Social) informou que um adolescente se feriu e foi socorrido pelo Samu. O estado de saúde dele não foi informado.
Rebeliões
Segundo a polícia, líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), criada em São Paulo, mas que age também no RN, teriam ordenado, além dos motins, ataques a ônibus.
Na noite dessa segunda-feira, cinco ônibus foram atacados --quatro deles incendiados-- em Natal e na região metropolitana. Um carro da Polícia Militar também foi incendiado.
Nesta terça-feira, 215 militares da Força Nacional de Segurança Pública chegaram a Natal para reforçar a segurança nos presídios.
O reforço atendeu a um pedido do governo do Estado ao Ministério da Justiça que fossem enviados 200 homens para ajudar o Estado a conter a crise no sistema prisional.
Nesta quarta-feira (18), a secretária de Segurança Nacional, Regina Miki, deverá chegar a Natal para se reunir com a cúpula da segurança do Estado.
"O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ficou de enviar ainda essa semana uma equipe de inteligência que se unirá à nossa que já vem trabalhando desde o início das rebeliões, para identificarmos a motivação desses ataques, embora o PCC já tenha assumido a autoria", disse Faria.
O MPE (Ministério Público Estadual) instaurou inquérito civil para apurar a ineficiência funcional de agentes públicos responsáveis pela gestão do sistema penitenciário.
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