Mulher de Beira-Mar voltará ao regime fechado por decisão da Justiça do Rio
A mulher do traficante Fernandinho Beira-Mar, Jacqueline Alcântara de Moraes, presa e condenada por crimes como tráfico de drogas e associação para o tráfico, voltará a cumprir pena em regime fechado, segundo decisão do juiz da VEP (Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro), Eduardo Oberg, oficializada na terça-feira (30).
A ré perdeu o benefício do cumprimento em regime semiaberto, por meio do qual a detenta deveria trabalhar durante o dia e dormir na cadeia. A magistrada Daniela Barbosa Assumpção de Souza, fiscal da VEP, constatou que Jacqueline ficava em casa, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, em vez de exercer alguma atividade profissional.
Em sua decisão, Oberg classificou a postura da mulher de Beira-Mar como "falta gravíssima". Ela será transferida para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da capital fluminense, informou nesta quarta-feira (1º) a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária).
A Justiça determinou ainda que a ré deverá permanecer em uma cela individual para sua "melhor segurança". Além disso, será instaurado um procedimento disciplinar na Coordenação das Unidades Prisionais do Grande Rio e Isoladas para verificar se houve algum desvio de conduta de agentes do Estado ou falha de execução no cumprimento do regime semiaberto por parte da mulher de Beira-Mar, que gozava do benefício desde 2012.
Na sentença que a condenou a mais de 25 anos de prisão, a ré foi considerada pela Justiça "membro relevante do grupo criminoso organizado" e liderado pelo marido, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, chefe da facção Comando Vermelho. Ela seria responsável por repassar ordens de Beira-Mar a outros traficantes. A reportagem do UOL tentou localizar a defesa de Jacqueline, porém não obteve êxito até a publicação deste texto.
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