Greve geral: Trens e metrô operam parcialmente em SP; ônibus não circulam
Trens e metrô de São Paulo começaram a circular parcialmente nesta sexta-feira (28). Esses serviços estavam totalmente paralisados desde a 0h em razão da greve geral convocada para todo o país contra as reformas trabalhista e da Previdência.
Os ônibus da capital paulista continuam sem circular. O rodízio municipal de veículos está suspenso e o congestionamento está abaixo da média.
Às 17h00, no metrô, três linhas tinham serviços parciais:
Linha 1-azul: opera no trecho entre as estações Saúde e Luz (sem parada na estação Sé, que está fechada).
Linha 2-verde: funciona entre as estações Ana Rosa e Vila Madalena.
Linha 5-lilás: operação total (Capão Redondo a Adolfo Pinheiro).
As linhas 3-vermelha e 15-prata seguem paralisadas.
A linha 4-amarela, operada pela empresa privada ViaQuatro e que liga as estações Luz e Butantã, está funcionando normalmente desde a madrugada. Não há, porém, integração com as demais linhas vermelha e verde do metrô nem com as linhas de trem.
Às 17h00, todas as linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) continuavam operando parcialmente:
Linha 7-rubi: circulação entre as estações Luz e Pirituba.
Linha 8-diamante: trens estão circulando entre as estações Osasco e Barra Funda.
Linha 9-esmeralda: opera entre as estações Pinheiros e Jurubatuba.
Linha 10-turquesa: funciona entre as estações Brás e Tamanduateí.
Linha 11-coral: operação entre as estações Tatuapé e Luz.
Linha 12-safira: trens circulam entre as estações USP Leste e Brás.
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Além disso, a operação Paese também não pôde ser colocada em prática por falta de funcionários.
Em algumas regiões da cidade, como na zona oeste, há circulação de micro-ônibus de algumas cooperativas de transporte coletivo. Também há alguns ônibus intermunicipais da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) circulando.
O secretário de Transportes de São Paulo, Sérgio Avelleda, disse não haver perspectiva de retorno da circulação dos ônibus e pediu para que as pessoas se mobilizem e tentem se locomover por meio de carona.
Aeroportos
Os aeroportos de Congonhas e Guarulhos operam normalmente, embora com protestos em Congonhas de manifestantes da Força Sindical e de movimentos por moradia, que tentam impedir o check-in dos passageiros. Há muito policiamento no local para impedir que o atendimento fique comprometido.
"Nosso objetivo é chamar a atenção do governo de que a população não suporta e não apoia essas reformas", disse Christian Rodrigues, presidente do movimento por moradia, em Congonhas. Segundo ele, objetivo é "trancar o aeroporto".
Vias bloqueadas
Manifestantes também fizeram bloqueios, com queima de pneus, em várias vias da cidade, como nas avenidas 23 de Maio, Nove de Julho, Brigadeiro Faria Lima, São João, Sapopemba e marginal Tietê (acompanhe a situação das vias bloqueadas clicando aqui).
No fim da tarde, eles interditaram totalmente as pistas da marginal Pinheiros no sentido Interlagos, altura da ponte Cidade Jardim, e saíram em direção à ponte Estaiada, interferindo no trânsito da região e chegando a paralisar a avenida Berrini.
Algumas vias já foram desbloqueadas pela polícia.
Estradas com bloqueios
Manifestantes também interditaram algumas das principais rodovias de São Paulo: Anchieta, Anhanguera, Presidente Dutra, Régis Bittencourt, Cônego Domênico (acompanhe a situação das estradas bloqueadas clicando aqui).
Protesto na casa de Temer
No início da noite, um grupo de manifestantes partiu do Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo, em direção à casa do presidente Michel Temer, no bairro Alto de Pinheiros. O imóvel foi cercado por grades e bloqueios.
Na praça Panamericana, houve confronto com Força Tática da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que usou bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar o grupo. Temer não estava no local.
A motivação da greve
A paralisação foi convocada em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência. Movimentos sociais, sindicatos e partidos de oposição afirmam que os projetos em tramitação no Congresso retiram direitos dos trabalhadores. Já o governo do presidente Michel Temer (PMDB) defende as medidas como forma de estimular a geração de empregos e melhorar as contas públicas.
A reforma trabalhista foi aprovada na quarta-feira (26) pela Câmara dos Deputados, mas o texto da Previdência ainda não foi votado. O Senado ainda deverá analisar os dois projetos.
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Ao menos três atos estão marcados em diferentes pontos da capital paulista para esta sexta-feira. As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizarão um ato unificado no largo da Batata, em Pinheiros, marcado para as 17h e que tem como destino final a casa do presidente. Eles são contra as reformas trabalhistas e previdenciária. As vias que dão acesso à casa do presidente Michel Temer, no Alto de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, serão bloqueadas, para impedir a chegada de manifestantes ao local.
Além do das Frentes, os profissionais de educação municipal de São Paulo vão se unir a outras categorias a partir das 16h no vão livre do Masp, na avenida Paulista, região central, também para protestar contra as reformas da Previdência e trabalhista, agregando à pauta de reivindicações questões relacionadas ao Sampaprev --responsável pela previdência dos servidores municipais.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), desistiu de oferecer transporte gratuito para os servidores municipais irem ao trabalho nesta sexta.
Governo defende reformas
Procurada, a Secretaria de comunicação da Presidência não quis comentar a mobilização. Em diversas ocasiões, Temer disse que as reformas são necessárias para o país voltar a crescer e retomar a geração de empregos. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a dizer que sem a reforma da Previdência o Brasil pode “quebrar”. Sobre a reforma trabalhista, Temer tem dito que é necessário modernizar as normas que regem as relações de trabalho.
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