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Operação com toda a Rota nas ruas prende 28 em SP; comandante promete repetir ação

23.ago.2017 - A ação foi realizada de forma independente pela Rota - MARCELO GONCALVES/SIGMAPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
23.ago.2017 - A ação foi realizada de forma independente pela Rota Imagem: MARCELO GONCALVES/SIGMAPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

23/08/2017 17h46Atualizada em 24/08/2017 07h47

A operação que levou às ruas de São Paulo os 700 homens da Rota, a tropa de elite da PM (Polícia Militar), nesta quarta-feira (23) terminou com 25 pessoas presas e três menores de idade apreendidos. Entre os presos, estavam quatro procurados pela Justiça.

"A operação foi dentro do que a gente planejou. Até superior, pela sensação de segurança transmitida para a população, que nos aplaudiu nas ruas", afirmou ao UOL o comandante da Rota, o tenente-coronel Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo.

Os homens do batalhão, incluindo o comandante, saíram às ruas da capital "para combater a criminalidade", segundo informou Mello Araújo, na operação batizada por ele de "Tolerância Zero". Os policiais agiram em todas as regiões da capital.

Segundo o comandante, as operações rotineiras vão continuar. "Toda semana temos operações, menores. Mas temos sempre uma operação semanal e patrulha de Rota diariamente", afirmou Mello Araujo.

"A gente vai juntar de novo informações sobre crimes e temos ideia de fazer novamente. Não são operações frequentes. Vamos juntar informações. Operação maior, desse porte, envolve um planejamento maior, que demora tempo. Não é uma coisa rotineira", disse o comandante à reportagem.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou que operações como a deflagrada nesta quarta-feira pela Rota “têm apoio da pasta e do Governo do Estado, sendo importantes para o combate à criminalidade”.

A operação também apreendeu duas armas, assim como grande quantidade de drogas, que, até o fim da tarde desta quarta-feira, ainda aguardavam pesagem para determinar o volume apreendido.

Antes da operação desta quarta, Mello afirmou que era a primeira vez na história da Rota que uma ação do tipo seria feita. Pela manhã, ele afirmou: "Quero sentir como a criminalidade vai perceber a situação. Caso seja uma operação bem-sucedida, deve ocorrer mais vezes. O criminoso teme a Rota. E tem de continuar temendo".

Para o comandante, é importante a presença da polícia na rua, de forma incisiva, "para que São Paulo não vire o Rio de Janeiro, com traficante recebendo a população e a polícia com metralhadora".

A ação, segundo Mello Araújo, foi idealizada por ele, sem conversa com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ou o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho. "As ações e determinações são independentes", afirmou.

Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) informou disse "que o planejamento operacional dos batalhões é feito de maneira técnica pelas unidades". "Operações, como a deflagrada nesta quarta-feira pela Rota, têm apoio da pasta e do governo do Estado, sendo importantes para o combate à criminalidade", diz o texto.