Morre um pouco de cada uma de nós, diz Cármen Lúcia sobre Marielle
Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) lamentaram nesta quinta-feira (15) o assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL).
A presidente do ST, ministra Cármen Lúcia, prestou homenagem à vereadora carioca.
“Morre uma mulher. No caso de Marielle, morre um pouco cada uma de nós. Fica viva sua luta por Justiça e igualdade. E o nosso compromisso de continuar com ela. Assim, ela continua conosco. Para sempre Marielle!”, afirmou a ministra, em manifestação publicada na conta oficial de Twitter do STF.
Marielle foi assassinada nesta quarta-feira (14) à noite a tiros dentro do carro onde estava. A principal linha de investigação da polícia aponta para um homicídio doloso (quando há intenção de matar). A possibilidade de que o crime tenha sido uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) é considerada remota.
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O motorista Anderson Pedro Gomes, 39, também foi atingido pelos disparos e morreu no local.
No período da tarde, ministros do STF usaram a sessão desta quinta-feira para prestar homenagem à vereadora.
O ministro Alexandre de Moraes afirmou que ela foi vítima da “mais cruel e covarde forma de discriminação” e prestou solidariedade à família da vereadora e à do motorista Anderson Gomes.
“A vereadora foi vítima da mais cruel e covarde forma de discriminação, que é a eliminação física. Não bastasse toda uma série de discriminações, o ápice da violência com a eliminação física”, disse Moraes.
O ministro Luís Roberto Barroso afirmou que a melhor homenagem à vereadora seria prosseguir na luta por igualdade e justiça.
“Não há palavras para reagir a altura do assassinato da vereadora Marielle Franco. Aliás, tem faltado palavras para descrever o que está acontecendo no Rio de Janeiro neste exato momento, uma combinação medonha de desigualdade, corrupção e mediocridade. Um círculo vicioso difícil de se romper e que tem conduzido à extrema violência que nós estamos enfrentando”, disse Barroso.
“A única homenagem que a gente pode prestar a quem luta por justiça e por igualdade é continuar a luta por justiça e por igualdade”, afirmou o ministro.
O ministro Ricardo Lewandowski também comentou o assassinato da vereadora.
"Nós vivemos hoje lamentavelmente no Brasil uma maré montante de ódio e intolerância que atinge não apenas as mulheres e negras, caso da vereadora, mas também outras minorias", disse.
"Penso que é missão do Supremo Tribunal Federal estarmos atentos e contribuirmos para a solução deste grave problema e para a pacificação de nosso país", afirmou Lewandowski.
O ministro Gilmar Mendes também comentou o crime no Rio e ressaltou "a nossa responsabilidade enquanto Judiciário sobre esse tema da segurança pública".
Para o ministro Luiz Fux, que também é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foi uma tentativa de “calar a voz política”.
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